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Defesa de Flordelis denúncia abuso sexual de Anderson do Carmo

Segundo a defesa, o pastor abusava sexualmente das mulheres da casa. Cinco acusados de envolvimento na morte são julgados nesta terça (12/4)

atualizado

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Flordelis e Anderson
1 de 1 Flordelis e Anderson - Foto: Facebook/Reprodução

Rio de Janeiro- A deputada federal cassada Flordelis dos Santos de Souza se tornou a protagonista do segundo julgamento sobre os envolvidos na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.

Antes mesmo de começar o júri de cinco acusados de envolvimento no crime, a defesa da pastora atacou os filhos que são contra a mãe e ressaltou que o pastor abusava sexualmente das mulheres da casa. Flordelis e outras três rés serão julgadas em 9 de maio.

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“A acusação se baseia no depoimento dos filhos, mas a maioria diz que ela não é culpada. Achamos que esse núcleo de filhos tem interesses que ainda não foram ditos“, diz a advogada da ex-parlamentar Janira Rocha.

Assistente de acusação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o advogado Ângelo Máximo, contra-atacou:

“Tese absurda de atacar a vítima. Todas as mulheres da casa foram ouvidas. Atacar a vítima é fácil, três pessoas da família morreram. Tese covarde da defesa. Deveria poupar Anderson do Carmo. A expectativa é que todos sejam condenados”, declarou Ângelo Máximo.

Ele relembrou que Anderson tinha ficha criminal limpa.

Inocência

Questionada em como tentar provar a inocência de Flordelis, a advogada Janira Rocha diz que há questões que ainda não foram levantadas, mas estarão em discussão no último julgamento:

“Vamos demonstrar o motivo e a quem interessa esconder esses casos relacionados aos filhos, aos abusos sexuais, emocionais, patrimoniais, que foram praticados naquela casa, contra mulheres inclusive contra a Flordelis e a quem serve esconder tudo isso”, disse.

Julgamento

André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Francisco da Silva, filhos afetivos de Flordelis, são acusados de terem participado de ao menos seis planos (frustrados) de envenenamento do pastor Anderson, segundo o Ministério Público, até o assassinato.

André Luiz, no entanto, não vai ser julgado nesta terça-feira porque seu advogado passou mal.

No processo, Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico da pastora, é apontado como o responsável por repassar a Flordelis uma carta fraudada na qual Lucas Cézar dos Santos assumiria que tinha atirado no pastor a mando de outros dois irmãos.

Adriano é acusado de ter buscado a correspondência com Andrea Santos Maia, esposa do ex-policial militar Marcos Siqueira, que estava preso com Lucas, no presídio Bandeira Stampa, no Complexo de Gericinó. No mesmo local, encontravam-se detidos Flávio dos Santo Rodrigues, já condenado, e o ex-PM Marcos Siqueira, que cumpre pena por uma chacina ocorrida em março de 2005, na Baixada Fluminense.

A confecção da carta, segundo a investigação, foi planejada por Flordelis que contou com a ajuda de Adriano, Andrea e Marcos. Eles não respondem pelo homicídio, mas por outros crimes como associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica.

A expectativa é a de que o veredito do júri saia na madrugada de quarta-feira (13/4).

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