metropoles.com

Debate sobre cloroquina está encerrado, diz nova secretária da Saúde

Servidora de carreira, Sandra Barros assume secretaria envolvida em polêmica sobre recomendação do fármaco no SUS

atualizado

Compartilhar notícia

Myke Sena/Ministério da Saúde
Sandra de Castro Barros
1 de 1 Sandra de Castro Barros - Foto: Myke Sena/Ministério da Saúde

De acordo com a nova secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde, Sandra de Castro Barros, a discussão sobre cloroquina no Ministério da Saúde está encerrada. A servidora de carreira na área de assistência farmacêutica tomou posse da cadeira titular da SCTIE nesta quarta-feira (16/2).

A secretaria esteve no centro dos holofotes há pouco tempo, em discussão sobre o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que faz parte da SCTIE, aprovou relatório que não recomendava o chamado kit Covid para a doença.

O antigo secretário, porém, negou o estudo e também o recurso apresentado pelos pesquisadores. Hélio Angotti Netto é visto como defensor do tratamento ineficaz, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, ele estará à frente da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), antes presidida pela médica Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”.

“Esta discussão já está encerrada, já foi feita. Estou assumindo agora a SCTIE e, conforme o ministro já colocou, há um recurso em relação a todo esse histórico a ser julgado. No momento, acredito que essa não seja a pauta principal de que eu tenho para dirigir a secretaria dentro daquilo que a gente está almejando aqui”, afirmou Sandra.

O recurso, agora, é analisado pela assessoria técnica do ministro Marcelo Queiroga. “O recurso vai ser julgado por mim. Eu vou julgar o recurso. Por quê? Porque assim a lei determina. Isso não vai mudar a história da pandemia da Covid-19, pode ficar certa disso. Mas nós vamos julgar e vamos dar as respostas, baseado na legislação. A ciência não é exata, a medicina não é uma ciência exata. Ela muda, as evidências científicas são construídas ao longo do tempo”, argumentou o ministro.

Compartilhar notícia