metropoles.com

Dallagnol é alvo de 12 pedidos de processo administrativo disciplinar

Segundo o corregedor do MPF, Orlando Rochadel, as reclamações disciplinares irão a plenário quando ele entender que há provas

atualizado

Compartilhar notícia

Daniel Ferreira/Metrópoles
Ex-procurador Deltan Dallagnol
1 de 1 Ex-procurador Deltan Dallagnol - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel, informou nesta terça-feira (13/08/2019) que o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, enfrenta 12 pedidos de processo administrativo disciplinar (PADs).

Após o recesso do meio do ano, o órgão analisou duas representações contra Deltan. O processo movido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, continuará. Já a reclamação do senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi retirada de pauta. As reclamações disciplinares, segundo Rochadel, irão a plenário quando ele entender que há provas a serem consideradas.

A situação do procurador se complicou após o vazamento de supostas conversas reveladas pelo site The Intecept Brasil. Nos diálogos, o ex-juiz Sergio Moro teria orientado as investigações dos procuradores. Rochadel não esclareceu a motivação das outras reclamações contra Dallagnol.

Rochadel comentou brevemente a abertura dos PADs. “Quando uma reclamação chega à Corregedoria Nacional, há duas alternativas: ou se arquiva ou se manda para o plenário. Para encaminhar, precisa ter uma prova que justifique. Tudo que passa pela Corregedoria é enviado ao plenário”, destacou.

Mesmo com o caso fora da pauta, o corregedor adiantou o voto na ação que Calheiros acusa Deltan de interferir na eleição da presidência do Senado. “Acho que o membro agiu de maneira equivocada. Estava com meu voto pronto para instauração do administrativo disciplinar. Nenhum membro pode interferir em qualquer processo que seja”, ponderou.

Durante a sessão desta terça-feira, o conselheiro Luiz Fernando Bandeira observou que, em julho, foram divulgados fatos que podem fragilizar a instituição. “É obvio que não podemos ser pautados pela imprensa ou pelas redes sociais. No entanto, uma vez provocados, acho que precisamos agir. E fomos provocados. O que vejo, no entanto, é que processos relevantes acabaram sendo subtraídos da pauta desse plenário”, frisou.

Bandeira lembrou que o processo relativo aos vazamentos ligados a Dallagnol e Moro foi arquivado de forma monocrática, sem possibilidade de que os conselheiros se pronunciassem sobre o caso. Por isso, pediu que a pauta fosse levada a plenário “o mais brevemente possível, se possível na próxima sessão”. O conselheiro Leonardo Accioly da Silva reiterou a opinião do colega.

Rochadel justificou o adiamento do caso envolvendo o senador Renan Calheiros, informando que foi apresentada nova petição na qual é trazida inovação fática e jurídica, e que ainda não houve tempo para apreciação.

Mensagens voltam a ser investigadas
Nesta terça-feira, o procedimento contra o procurador foi desarquivado e voltará a tramitar. Contudo, não há data para julgamento.

O “pedido de revisão de decisão monocrática de arquivamento” feito nesta terça por Accioly e Erick Venâncio será distribuído a um novo relator. Caberá a ele analisar o documento e levar um parecer para votação no plenário do Conselho.

O CNMP é o órgão responsável pela fiscalização disciplinar de promotores e procuradores de todo o país. O colegiado é composto por 14 conselheiros, que são indicados por suas instituições de origem e entidades da sociedade civil.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?