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CPI do 8/1: general nega ter impedido desmonte de acampamento. Siga

General Gustavo Henrique Dutra de Menezes é suspeito de blindar o acampamento golpista no quartel-general do Exército em Brasília

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Imagem colorida do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes em CMPI do 8/1 - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes em CMPI do 8/1 - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, suspeito de blindar o acampamento golpista no quartel-general do Exército em Brasília (DF), presta depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta quinta-feira (14/9).

O general do Exército era o responsável por chefiar os arredores do Comando Militar do Planalto (CMP), onde militantes bolsonaristas montaram acampamento por quase dois meses. O acampamento só foi desocupado na manhã do dia 9 de janeiro, um dia após os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes. Mais de 1,2 mil pessoas foram presas na ação.

Em sua fala inicial à CPMI, Dutra negou que tenha atrapalhado a desmontagem do acampamento bolsonaristas. Ele pontuou que, em 9 de janeiro, o CMP cumpriu “integralmente” uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para desmontar as estruturas.

Acompanhe:

“Chamo atenção para o fato de que os termos da decisão exarada pelo STF, o CMP prestou apoio necessário à secretaria de segurança pública na desocupação do acampamento na manhã do dia 9, conforme determinação da decisão judicial. Contribuiu decisivamente para que não houvessem danos colaterais, risco a integridade física ou a vida das pessoas. A ordem judicial foi integralmente cumprida no prazo de 24 horas estabelecido pelo STF”, disse.

Dutra argumentou que o acampamento foi intensamente desmobilizado na semana do dia 2 de janeiro. “No dia 6 de janeiro, o público era sobretudo de pessoas com vulnerabilidade”, defendeu. De acordo com o general, as pessoas que participaram dos atos chegaram, sobretudo, em ônibus no dia 7 de janeiro.

A convocação do general aconteceu após oito parlamentares protocolarem requerimentos pelo seu depoimento. Destes oito requerimentos, seis vieram de parlamentares da oposição. O senador Eduardo Girão (Novo-CE), por exemplo, diz que o CMP não foi incluído na estratégia de segurança para a data, apesar de ter oferecido suas tropas. A afirmação foi feita pelo general à Polícia Federal (PF).

Por sua vez, parlamentares do governo como o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) e a deputada Duda Salabert (PDT-MG) afirmam que o Exército agiu ativamente para impedir o desmonte do acampamento montado em frente ao Quartel General em Brasília.

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General já disse que acampamento não atrapalhava

Na madrugada do 8 de janeiro a tropa de Choque da Polícia Militar (PM) foi mobilizada para desmontar o acampamento bolsonarista, mas foi surpreendida por integrantes do Exército, que fizeram uma barreira para proteger os manifestantes e impedir a desmobilização no local. A Força chegou a usar dois blindados para cercar as estruturas montadas pelos golpistas.

Em depoimento à CPI do 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Dutra disse que não era atribuição do CMP interferir no acampamento, porque os manifestantes não atrapalhavam o “dia a dia do quartel”. Além disso, o general também afirmou que o Exército não teria recebido ordem judicial para desmontar o acampamento antes do dia 8.

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