Goiânia – O corpo encontrado carbonizado, enterrado e cimentado no quintal da casa do ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, é mesmo o da menina Luana Marcelo Alves, de 12 anos. A identificação se deu por meio de exame de DNA feito pela Polícia Técnico-Científica.
O resultado foi confirmado nesta quinta-feira (1º/12), um dia após a coleta de material genético dos pais da vítima e após o apelo do pai de Luana, Robson Marcelo, para que o sofrimento da família tivesse um ponto final.
De acordo com o gerente do Instituto de Criminalística, Olegário Augusto, após o exame de DNA, ficou comprovado o laço genético entre as amostras analisadas.
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Pai de Luana cobra justiça pela morte da filha Reprodução/TV Anhanguera
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Delegada Caroline, de Goiânia, se emocionou ao falar de caso de menina achada mortaReprodução/TBC
Luana desapareceu nesse domingo (27) após ir até a padariaReprodução
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Dificuldade de identificação
De acordo com o Instituto de Criminalística do Instituto Médico Legal (IML), em razão das condições em que foi encontrado e por ter sido carbonizado, a identificação do corpo poderia ser difícil. Ainda segundo o órgão, o procedimento laboratorial e pericial demandava tempo para que fosse entregue uma prova robusta e confiável.
Agora, com a comprovação da identidade do corpo, Olegário Augusto informou ao Metrópoles que o corpo de Luana deve ser liberado para o velório e enterro, após a chegada da família ao IML.
Na quarta-feira (30/11), os pais de Luana tiveram material genético coletado, para que fosse feito o confronto com o DNA do corpo. Apesar de agradecer o trabalho da polícia, o pai da menina chegou a pedir mais rapidez no processo.
“O IML falou que vai fazer de tudo para liberar o mais breve, mas está muito difícil para a gente, a gente precisa desse resultado, a gente precisa do corpo da nossa filha para fazer o velório dela o mais rápido possível. A minha família e a comunidade não aguentam mais”, finalizou.
Luana foi vista pela última vez na manhã de domingo (27). Câmeras de segurança registraram quando a menina foi e voltou da padaria segurando uma sacola de pão. Segundo a mãe, Luana nunca saiu de casa sem avisar e não passava por problemas pessoais ou de saúde.
A família de Luana registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da garota. A Polícia Civil iniciou a investigação na segunda-feira (28/11), e um suspeito do caso foi ouvido na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O carro dele foi enviado para o Instituto de Criminalística, na capital, para ser periciado.
Confirmando o trabalho da PCGO, o corpo de Luana foi encontrado enterrado na casa do suspeito, o ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos, de 31 anos. Segundo a corporação, o homem tentou estuprar a vítima, mas ela se debateu e, por isso, resolveu matá-la. Segundo a investigação, ela foi estrangulada.
Ainda de acordo com o assassino confesso, ele colocou fogo no corpo antes de enterrar a vítima no quintal de casa. O ajudante de pedreiro ainda cimentou o local, o que dificultou a descoberta. Ele teria convencido a menina a entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro aos pais dela, que têm uma distribuidora de bebidas, e faria o pagamento.