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COP28: Lula trata como natural crítica de Macron a acordo Mercosul-UE

Presidente da França, Macron chamou acordo de livre comércio entre Mercosul e UE de “antiquado” e incoerente com agenda ambiental brasileira

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
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1 de 1 imagem colorida Lula e Macron de mãos dadas - metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Enviada especial a Dubai* –  Após o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmar que é contra o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), neste sábado (2/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que a opinião é natural para a França, um país com histórico mais protecionista.

Na avaliação de Lula, se posicionar contra um tratado é um direito do governo francês. No entanto, a União Europeia, enquanto bloco, não precisa fazer o mesmo.

Lula e Macron se reuniram neste sábado durante participação dos dois líderes na Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes. Após a agenda, o francês deu uma coletiva de imprensa na qual chamou o acordo entre os blocos de “antiquado” e “contraditório”.

“Sou contra o acordo Mercosul-UE, porque acho que é completamente contraditório com o que ele [Lula] está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo, porque é um acordo que foi negociado há 20 anos, e que tentamos remendar, mas está mal remendado”, frisou.

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O acordo de livre comércio entre os dois blocos está em negociação desde 1999 e foi assinado 20 anos depois, no início da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Mas, ainda não foi ratificado e, portanto, não entrou em vigor.

Para que isso ocorra, o texto precisa ser aprovado por parlamentares de todos os países membros dos dois blocos econômicos, além de passar por procedimentos internos de ratificação. A França e a Holanda, por exemplo, têm se posicionado contra a proposta.

Agendas de negociação

Nas últimas semanas, lideranças dos dois blocos intensificaram as negociações na tentativa de chegar a um acordo até a próxima sexta-feira (7/12), data do encerramento da Presidência brasileira no grupo sul-americano.

Nessa sexta-feira (1º/12), Lula teve reuniões com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o primeir0-ministro da Espanha, Pedro Sanchez. Após os encontros, o petista afirmou que eles estão “próximos de fechar o acordo”.

O governo federal acompanha com preocupação os efeitos que o presidente eleito na Argentina, Javier Milei, pode causar ao andamento das negociações após tomar posse, em 10 de dezembro. Milei é contra a integração da Argentina ao grupo e não há confirmação dele no evento do Mercosul, marcado para a próxima quinta-feira (7/12), no Rio de Janeiro.

*Repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade 

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