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Confusão e revolta marcam o 1º dia do embarque prioritário em Goiânia

Somente funcionários de serviços essenciais podem usar o transporte público nos horários de pico. Até agressão foi registrada nesta terça

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
funcionário do sistema de transporte de goiÂnia tenta explicar para usuária que ela não pode embarcar no ônibus em horário de pico, por causa das regras do novo decreto, em função da pandemia da covid-19
1 de 1 funcionário do sistema de transporte de goiÂnia tenta explicar para usuária que ela não pode embarcar no ônibus em horário de pico, por causa das regras do novo decreto, em função da pandemia da covid-19 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – O primeiro dia do embarque prioritário no transporte público de Goiânia (GO) para pessoas que trabalham nos serviços essenciais foi marcado por confusão, erros do sistema e muita revolta dos usuários que tinham feito o cadastro no site indicado, mas que, ao chegarem nos terminais, tiveram o acesso negado.

Esta terça-feira (23/3) foi o primeiro dia de funcionamento da medida estipulada pelo poder público para tentar conter as aglomerações nos terminais de ônibus e, por consequência, o avanço da Covid-19. O foco é reduzir a quantidade de pessoas em circulação nos horários de pico. Nesta manhã, a redução foi de 40,6%.

Nos intervalos das 5h45 às 7h15 e das 16h45 às 18h15, somente trabalhadores dos serviços essenciais e que estão com o funcionamento autorizado por decreto poderão embarcar. Para isso, no entanto, é preciso fazer o cadastro no site da Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (RMTC).

Na prática, o que se mostrou nesta terça-feira foi uma sucessão de erros. A técnica em enfermagem Arielle Lopes de Paula, de 25 anos, chegou ao Terminal da Praça da Bíblia, na região leste de Goiânia, às 6h20. Ela havia feito o cadastro no site da RMTC no domingo (21/3).

Arielle enfrentou o mesmo problema que várias outras pessoas. Quando passou o cartão de embarque na catraca do terminal, mesmo com o o cadastro feito, a máquina não autorizou a entrada e informou que ela só poderia entrar quando o horário prioritário fosse concluído, ou seja, após às 7h15.

Carteira de trabalho e crachás

A técnica em enfermagem precisava estar no trabalho às 7h. Ela trabalha numa maternidade e, para não se atrasar, teve de chamar um Uber. “Mostrei minha carteira de trabalho, meu crachá e nada. Ninguém deixou eu entrar e falaram para eu fazer o cadastro novamente depois das 7h15”, revolta-se.

O decreto editado pelo Governo de Goiás e que passou a valer na quarta-feira (17/3) cita a possibilidade de identificação e liberação por meio de documentos que comprovem o vínculo empregatício. Exemplo disso são carteiras de trabalho, crachás e contratos trabalhistas.

A RMTC decidiu, no entanto, adotar o cadastro eletrônico. Segundo a Rede, até esta terça-feira, 70.356 pessoas fizeram o cadastro. Dessas, 41.364 anexaram os documentos solicitados e 28.992 apresentaram somente a justificativa. Quem teve problema no acesso neste primeiro dia, deve entrar em contato pelo 0800 648 2222.

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Agressão e veículo vandalizado

A RMTC fez um balanço das ocorrências registradas no sistema de transporte da região metropolitana de Goiânia, nesta terça-feira. Entre elas, constam a agressão física a uma profissional do transporte e um veículo que foi vandalizado.

Aconteceram, ainda, aglomerações fora dos terminais de ônibus e foram registradas, formalmente, 12 reclamações por falhas no cadastro. A Rede avalia como “problemas pontuais” e informa que serão solucionados.

A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), responsável por fiscalizar o serviço, definiu que os ônibus podem circular somente com 50% da capacidade. A medida é um complemento ao decreto da Prefeitura de Goiânia que determina que apenas passageiros sentados podem ser transportados.

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