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“Como ele entrou lá?”, diz filha de idosa morta por homem em hospital

Segundo a mulher, ela reconhece o morador de rua, que mora no mesmo setor da mãe, no entanto, desconhece a motivação do crime

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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1 de 1 velorio idosa morta em hospital goiania 3 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – A família de Neuza Cândida, de 75 anos, lida com a dor e muitas incertezas depois que ela foi asfixiada e morta por um morador de rua dentro do Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), na capital do estado. A morte foi na noite de quinta-feira (7/4). Suspeito de ser o autor do crime, Ronaldo do Nascimento, de 47 anos, foi preso pela Polícia Militar (PM), em flagrante, ainda dentro da unidade de saúde.

“O hospital precisa esclarecer o que aconteceu. Como ele entrou lá? Entrou de que forma? Se a gente, da família, quando ia visitar tinha dificuldades para passar. A história está muito estranha”, disse, ao Metrópoles, a técnica de enfermagem Daniella Cristina de Oliveira Borges, filha da idosa.

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Daniella Borges conversou com o portal durante o velório da mãe, realizado na tarde desta sexta (8/4) em Goiânia. Ela disse que a família toda está em choque, entristecida e confusa com o episódio fatal.

A filha lembra que, na tarde de quinta, por volta das 16h, a assistência social do Hugo entrou em contato com ela, informando que um certo Ronaldo estava na portaria, dizendo que era acompanhante de dona Neuza.

“Então eu disse que não conhecia nenhum Ronaldo, que ele não era acompanhante da minha mãe. Eu não autorizei a entrada”, garante.

Por volta das 19h, Daniella recebeu a ligação de um das tias. A informação foi a que a filha jamais esperaria ouvir na vida: a mãe tinha sido sufocada até a morte por um homem, por nome Ronaldo, dentro do próprio hospital onde estava sendo tratada.

A idosa estava internada há três meses. Ela estava acamada, respirando por traqueostomia, dentro de uma enfermaria do hospital, que é um dos principais de Goiás.

Silêncio

De acordo com a técnica de enfermagem, até o início da tarde desta sexta o Hugo não tinha entrado em contato com a família para se manifestar a respeito do caso.

Em depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso, a filha da vítima, Daniella Borges, informou basicamente o que contou ao portal: da ligação do hospital informando sobre a presença de um homem se dizendo acompanhante da sua mãe e de ter negado autorização para que ele entrasse.

Já na Central de Flagrantes, Daniella pediu para ver o assassino da mãe. De pronto o homem foi reconhecido. Segundo ela, ele vive nas imediações do mesmo bairro onde a mãe morava. No entanto, ela afirmou desconhecer a motivação do crime. Ela também não soube dizer se a mãe e o homem eram conhecidos e qual o tipo de contato os dois mantinham.

Ela confirmou as mesmas informações ao portal, mas estranha o fato dele saber o nome de Neusa Cândida e até o local específico onde estava internada dentro da unidade de saúde.

O caso

De acordo com a PMGO, Ronaldo entrou na enfermaria em que Neuza estava internada dizendo que ia cuidar da paciente. Mas ela teria reclamado da presença dele, de acordo com relato de uma testemunha. O fato aconteceu na tarde dessa quinta-feira (7/4), por volta das 15h40.

O homem, que diz ser morador de rua, foi tomar banho e ao voltar teria sido flagrado em cima da paciente, fazendo com que a idosa parasse de se mexer e de respirar.

Disse que matou sem querer

Ainda segundo a PMGO, Ronaldo alegou que não matou a vítima propositalmente. Ele alega que a paciente pediu socorro e quando ele foi tentar limpar a traqueostomia com uma mão, acabou tapando um buraco do equipamento com o dedo da outra mão, deixando a idosa sem respirar.

O morador de rua foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil de Goiás, onde deu entrada no início da madrugada.

Resposta do hospital

Em nota encaminhada ao Metrópoles, o Hugo informou que os fatos estão sendo investigados pela Polícia Civil e pelo próprio hospital.

“A direção lamenta profundamente o ocorrido e está revisando integralmente os protocolos de segurança para evitar futuros episódios, ao tempo que presta total assistência à família”, destacou.

A direção do hospital também acrescentou que “reforça o seu comprometimento com o atendimento assistencial de excelência e com a máxima humanização”.

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