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Círio de Nazaré continua em Belém, pelo interior do Pará e em Macapá

No sábado (13/10), milhares de fiéis participaram em Belém do segundo dia da 226ª edição da festa, que é Patrimônio Imaterial da Humanidade

atualizado

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Divulgação/Arquidiocese de Belém
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1 de 1 círio 2 - Foto: Divulgação/Arquidiocese de Belém

Além de reunir milhares de pessoas pelas ruas de Belém, no sábado e neste domingo (14/10), as homenagens à Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará se estendem pelo interior do estado, com o Círio no distrito de Monte Dourado, na divisa do Pará com o Amapá. As homenagens começaram às 6 horas, quando os devotos saíram em procissão pelo vilarejo.

Também em Macapá, as homenagens estão sendo prestadas neste domingo à Nossa Senhora de Nazaré.

No sábado (13/10), milhares de fiéis de diversas partes do país participaram do segundo dia da 226ª edição do Círio de Nossa Senhora Nazaré, tradicional evento religioso realizado anualmente na capital paraense, Belém. O círio é composto por 12 romarias oficiais. Neste domingo, com a procissão, milhares de fieis tomam as ruas da capital paraense.

Em Belém, no sábado, o dia mal havia clareado e romeiros já tinham assistido à missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, e partido com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, com destino a Icoaraci, distante cerca de 24 quilômetros.

Ao longo de todo o trajeto, devotos se aglomeraram para presenciar a passagem da imagem de menos de 30 centímetros de altura da Padroeira dos Paraenses. De Icoaraci, a imagem seguiu até a capital a bordo de um navio hidroceanográfico da Marinha do Brasil, o Garnier Sampaio, acompanhada por centenas de embarcações.

Oficialmente, ao menos 335 embarcações se inscreveram na Capitania dos Portos para acompanhar o trecho chamado Círio Fluvial. Enfeitadas para a ocasião, embarcações de todos os tipos, de voadeiras a motos aquáticas e potentes lanchas particulares, coloriram a Baía do Guajará, fazendo com que as autoridades redobrassem a atenção e os alertas para evitar acidentes.

Ao fim de duas horas de procissão marítima, nenhum incidente grave foi registrado, e a programação seguiu com a Moto Romaria. Um dos momentos mais aguardados do dia, a Trasladação do Círio até a Catedral da Sé, teve início às 17h30.

Como de costume, a presença de milhares de romeiros alterou a rotina da capital paraense. O tráfego de veículos foi interditado em algumas das principais vias de Belém, principalmente na região central da cidade. O trajeto de várias linhas de ônibus foi alterado. Hotéis e pousadas estão praticamente lotados.

Serviços
Na terça-feira (9), logo após participar da missa e da cerimônia de acendimento das luzes da fachada da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, que marcam o início oficial do evento, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, destacou que, durante esta época, todos os serviços públicos se preparam para garantir a segurança da população.

“As ações preventivas da prefeitura, seja na área da mobilidade ou da segurança, através da Guarda Municipal, como também as secretarias de Saúde, de Saneamento, de Urbanismo, ou seja, todos os órgãos estão integrados para contribuir com este grande evento que é patrimônio da humanidade e faz parte da nossa cultura. A gente fica muito feliz por participar deste momento e contribuir para a realização dele.”

“Patrimônio imaterial”
Considerada a maior festa religiosa do mundo, o Círio este ano tem como tema “Uma jovem chamada Maria”. O auge da festa, que vai até o dia 29, ocorre no segundo domingo de outubro, quando uma grande procissão percorre as principais ruas de Belém, saindo da Catedral Metropolitana/Sé às 6h30 em direção à Basílica Santuário de Nazaré. A expectativa é que a procissão reúna mais de 2 milhões de fiéis.

Em 2015, o Círio de Nazaré e seu conjunto de manifestações religiosas e culturais recebeu da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade. Em 2004, foi inscrito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial Brasileiro.

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