Cinemateca Brasileira: preciosidade do audiovisual ameaçada pelo fogo
Casa de memórias nacionais, Cinemateca Brasileira, em SP, tem o maior acervo de imagens da América Latina; área no complexo está em chamas
atualizado
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São Paulo – Maior acervo de imagens em movimento da América do Sul, a Cinemateca Brasileira, na capital paulista, conta com 70 mil itens, que abrangem livros, periódicos, catálogos, produções acadêmicas e folhetos. Além de 250 mil rolos de filmes preservados.
Áreas localizadas no complexo, na Vila Leopoldina pegaram fogo no final da tarde desta quinta-feira (29/7). Foi atingida uma área de 300 a 400 metros quadrados, que abrange duas salas de filmes e uma de acervo impresso do primeiro andar, com material das décadas de 1920 e 1940. As informações foram confirmadas pela capitã dos bombeiros Karina Paula Moreira, que comandou a operação de combate ao fogo.
O prédio que está em chamas não é a sede principal da Cinemateca, é um imóvel destinado a reservas específicas de guarda de acervos, áreas de processamento de acervos fílmicos e documentais, laboratório de impressão fotográfica digital, bem como demais instalações administrativas, de apoio e serviços.
Memória
A Cinemateca é a memória audiovisual nacional. Responsável por preservar e difundir produções, já foi premiada e reconhecida internacionalmente como um dos cinco centros mais importantes de restauro do mundo.
O centro conta com mais de 90 mil filmes, incluindo algumas raridades do começo do cinema no Brasil e clássicos de cineastas aclamados. Graças ao trabalho feito pela Cinemateca, filmes que antes não eram conhecidos, como o longa “Limite (1931)”, de Mário Peixoto, hoje, podem ser apreciados.
Além disso, o centro também guarda programas televisivos, como transmissões de jogos antigos de futebol e registros da força expedicionária brasileira antes e depois da Segunda Guerra Mundial.