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“Chama para uma paralisação”, diz entidade de caminhoneiros sobre reajuste do frete

Diretor-presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas afirma que reajuste de tabela do frete rodoviário é baixo

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Caminhoneiros caminhao estrada
1 de 1 Caminhoneiros caminhao estrada - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O diretor-presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas, Plínio Nestor Dias, afirmou que o reajuste feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na tabela do frete rodoviário parece uma provocação para a paralisação dos caminhoneiros prevista para o dia 1° de fevereiro.

Na manhã desta terça-feira (19/1), a ANTT publicou no Diário Oficial da União o reajuste no preço do frete com um aumento médio que varia de 2,34% a 2,51%, conforme o tipo de carga e operação.

Ao Metrópoles, Plínio informou que o reajuste não atendeu à classe da maneira como desejavam e que é um desrespeito com os caminhoneiros.

“A insensibilidade do governo parece mais presente, parece que nos indica, que nos provoca, que nos chama para uma paralisação que está marcada para o dia 1°”, destaca.

Os caminhoneiros também protestam contra a alta do preço do combustível (em dezembro, o óleo diesel S10 era encontrado, em média, a R$ 3,683 no país, segundo dados da ANP) e o projeto de lei da BR do Mar.

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“O óleo diesel, em média, não está nesse valor de R$ 3,683 colocado. Não existe essa média nacional. Então, estão novamente, além de descumprir a legislação às empresas de transporte, há pressão destes para que o piso mínimo não represente realmente o custo transportador ao dono de cargo”, afirma o diretor-presidente.

Paralisação segue de pé

O diretor-presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas informou que a paralisação marcada para o dia 1° de fevereiro continua de pé.

“É lamentável que nada tenha sido feito nem na sua atualização, ao menos, de uma conta que ainda a gente não consegue cobrar. Porque essa conta do piso mínimo de frete não se consegue cobrar por conta de uma inoperância que serve ao governo e aos grandes empresários e que o STF não consegue resolver”, reclama.

Reajuste

Com as alterações, haverá um aumento médio entre 2,34% e 2,51%, conforme o tipo de carga e operação. O reajuste foi feito considerando o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil e o preço do diesel.

A tabela foi criada pelo ex-presidente Michel Temer durante a greve dos caminhoneiros em 2018. Segundo a legislação, a ANTT precisa atualizar os preços a cada seis meses, em janeiro e julho de cada ano.

O reajuste ocorre em meio à movimentação de um grupo de caminhoneiros por uma nova greve em fevereiro. Esse aumento é uma tentativa de agradar a categoria e, assim, evitar a paralisação.

 

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