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Caso Henry: Dr. Jairinho divide cela coletiva com mais cinco presos

Investigado pela morte do enteado de 4 anos, vereador ocupa um dos maiores espaços coletivos da unidade, com cerca de 70 metros quadrados

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Aline Massuca/Metrópoles
Jairinho e mãe Monique de Henry são presos por morte do menino no Rio 1
1 de 1 Jairinho e mãe Monique de Henry são presos por morte do menino no Rio 1 - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – O vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), ocupa, desde o fim da tarde de quinta-feira (29/4), a cela D do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, conhecido como Bangu 8.

Com o fim do isolamento, seguindo os protocolos contra a Covid-19 da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), o parlamentar, investigado pela morte do enteado, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, passa a ocupar um dos maiores espaços coletivos da unidade, com cerca de 70 metros quadrados e com capacidade para até 44 pessoas. Ele divide a cela com outros cinco presos.

A namorada de Jairinho, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, mãe de Henry, é também investigada pela morte do menino e está presa.

Segundo o Jornal Extra, Jairinho divide o local com o arquiteto Clayton Luiz Vieira, preso na Operação Sturm, em dezembro do ano passado, acusado de dar suporte técnico a construções de prédios irregulares na Muzema, na zona oeste do Rio. Um dos prédios, do Condomínio Figueiras, desabou matando 24 pessoas em 2019. De acordo com o Ministério Público, o profissional orientava os construtores Ivonaldo Teixeira Costa e Clodoaldo Dias Godinho e foi denunciado por organização criminosa.

O grupo atuava na ocupação do solo, execução das obras, locação, entre outras atividades ligadas ao grupo de paramilitares da região. Na ocasião, investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), mostraram que, mesmo após o desabamento do edifício, a milícia continuou atuante na região e contando com a colaboração de policiais civis e militares, além de políticos, nos negócios ilegais.

Também ocupa a cela D um homem acusado de crimes contra a Previdência Social, por meio de um esquema de fraudes de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); um funcionário do aeroporto internacional do Rio que teria liberado a entrada de uma remessa de drogas ao estado; além de outros dois presos.

A galeria conta com beliches, cinco banheiros e três chuveiros. Todos têm direito a quatro refeições e duas horas de banho de sol diárias no pátio.

A cela D já foi ocupada pelo contraventor Rogério Andrade e pelos deputados estaduais André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcus Vinícius Neskau (PTB), Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC), presos na Operação Furna da Onça, da Polícia Federal. A ação é um desdobramento da Lava Jato que apurava esquema que teria movimentado R$ 54 milhões. Em troca de pagamentos regulares, seria oferecido apoio a Sérgio Cabral nas votações realizadas na Alerj. O ex-governador permanece preso na cela D de Bangu 8.

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