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Bolsonaro se desculpa por vídeo, mas assessor repete comparação

Filipe Martins, ligado à ala ideológica do governo, publica mensagem em rede social dizendo que “establishment é punhado de hienas”

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
Lula Mauro Cid Filipe Martins ao lado do presidente Bolsonaro
1 de 1 Lula Mauro Cid Filipe Martins ao lado do presidente Bolsonaro - Foto: Reprodução/Redes sociais

Horas após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pedir desculpas por uma postagem em sua conta no Twitter em que aparece como um leão duelando com hienas, o seu assessor para assuntos internacionais, Filipe Martins, ligado à ala ideológica do governo, fez nesta terça-feira (29/10/2019), novas comparações com os animais selvagens.

Segundo Martins, o “establishment” (grupo que detém poder) é um “punhado de hienas” que ataca quem ameaça seus privilégios. Para o assessor de Bolsonaro, este cenário só mudará “quando o Brasil se tornar uma nação de leões”.

“O establishment não gosta de se ver retratado, mas ele é o que ele é: um punhado de hienas que ataca qualquer um que ameace o esquema de poder que lhe garante benefícios e privilégios às custas do povo brasileiro. Isso só mudará quando o Brasil se tornar uma nação de leões”, escreveu Martins no Twitter.

Mais cedo, presidente Bolsonaro disse em entrevista que a publicação do vídeo em sua conta no Twitter foi um “erro”. Na montagem, divulgado na segunda-feira, 28, as hienas que ameaçam o leão levam o símbolo de instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Organização das Nações Unidas (ONU), o seu partido, PSL, e siglas de oposição – entre as quais o PT e o PCdoB -, além da imprensa.

A postagem inflamou a briga interna no PSL e foi criticada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo. O vídeo foi apagado cerca de duas horas depois diante de forte repercussão negativa.

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