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Bolsonaro diz que se os cubanos fossem bons teriam salvado Chávez

O ex-presidente da Venezuela morreu de câncer após tratamento em Havana

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
01/08/2019 Cerimo?nia de Lanc?amento do Programa Me?dicos pel
1 de 1 01/08/2019 Cerimo?nia de Lanc?amento do Programa Me?dicos pel - Foto: Marcos Corrêa/PR

Ao participar, nesta quinta-feira (01/08/2019), do lançamento do programa Médicos pelo Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou o formato do Mais Médicos, ação instituída pelos governos petistas com propósito semelhante, e disparou contra os profissionais cubanos. Segundo o chefe do Executivo, se ons, teriam salvado Hugo Chaves, ex-presidente da Venezuela, que morreu de câncer, após ser tratado em Havana.

“Se os cubanos fossem tão bons assim, teriam salvado a vida do Hugo Chavez. Não deu certo. Deu azar”, disse o presidente, que também se referiu ao tratamento contra o câncer feito pelos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Se eles fossem tão bons assim, Lula e Dilma teriam sido atendidos por cubanos e não por brasileiros”, prosseguiu Bolsonaro.

Famílias
Bolsonaro disse ainda quando o programa petista ignorou uma série de questões, e a principal delas teria sido o fato de que médicos de Cuba vieram para o Brasil sem poder trazer suas famílias.

“Os cubanos aqui não poderiam trazer seus familiares e quem é pai e quem é mãe sabe o que estou dizendo. Isso foi ignorado pelo PT. Por anos, mães e pais ficaram afastados de seus filhos. Uma questão humanitária que foi estuprada pelo PT”, criticou o presidente.

No entanto, ao ser questionado sobre a política adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para imigrantes, que separa pais e filhos na fronteira com o México, Bolsonaro não usou o mesmo critério.

“Que pais e filhos? É ilegal. Você quer que deixe pessoa ilegal dentro do Brasil? Isso é brincadeira. Os cubanos estavam aqui como escravos. Se fizessem qualquer coisa errada, a família sofria. Uma diferença enorme com Trump. Você já leu a lei de imigração no Brasil? Leia e depois a gente discute. Então é isso daí, tá certo”, disse Bolsonaro. “Não venham com essa conversinha de direitos humanos. Vocês não falaram nada sobre os Mais Médicos aqui”, disparou.

Bolsonaro disse ainda que havia, por parte do PT com os Mais Médicos, na verdade, a tentativa de criar “núcleos de guerrilha” por todo país, e que ele tem documentos que comprovariam isso. Segundo Bolsonaro, sob o governo do PT, o Brasil se prestou a “alimentar” a ditadura cubana.

“A ideia sim foi formar núcleos de guerrilha no Brasil. A documentação está no forno para mostrar para vocês aqui”, disse o presidente. “Também o Brasil se prestou a alimentar uma ditadura. Aproximadamente R$1,2 bilhão eram destinados a Cuba, tirando dos profissionais que estavam aqui”, considerou.

Programa
O programa Médicos pelo Brasil foi lançado em substituição do programa Mais Médicos, criado em 2013, no governo de Dilma Rousseff. O objetivo do programa é o mesmo do programa anterior, que é levar médicos ao interior do país, principalmente das regiões Norte e Nordeste e outros locais remotos e menos assistidos.

Pelo novo programa, os profissionais serão contratados pelo regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Até então, os contratos eram temporários de até três anos. De acordo com o governo, o valor do salário, atualmente em R$ 11,8 mil, também deve aumentar. Estão previstas gratificações de acordo com o local de lotação do médico. A seleção para o programa será feita, segundo o governo, por meio de prova objetiva. O programa também pretende intensificar a formação de profissionais médicos como especialistas em medicina de família e comunidade.

Durante a cerimônia, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que princípios da meritocracia e de liberdade serão priorizados para a seleção dos profissionais. “Nós respeitaremos a liberdade. Nós respeitaremos o mérito. Será por meritocracia a escolha das localidades”, disse o ministro. “Não iremos ter vínculo precário. O vínculo será pela CLT”, disse Mandetta.

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