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Bolsonaro critica Facebook e defende “taxar mais ainda” redes sociais

Presidente também disse que imprensa é “fábrica de fake news”. Declarou ainda que só não tira jornais de circulação porque é um “democrata”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em vídeo publicado nas redes sociais do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disparou críticas ao Facebook e disse que vai trabalhar com o Parlamento para aumentar os impostos das empresas que operam no Brasil.

A rede social tem sido alvo do mandatário do país, ao alegar que o Facebook passou a impedir a publicação de imagens de seguidores em páginas de conteúdo político. O chefe do Executivo afirmou ter acionado a Advocacia-Geral da União (AGU) para tratar do assunto.

“Já liguei para a AGU para ver o que a gente pode fazer, né? O governo federal também, junto do Parlamento, criar uma legislação e taxar mais ainda esse pessoal que paga muito pouco de imposto para operar dentro do Brasil. E medidas para, realmente, garantir a liberdade de expressão na minha página ou na página de qualquer um. Com todo respeito, é a página do presidente da República. Eu sou qualquer um do povo… Proibir anexar imagens a título de proteger fake news”, queixou-se durante caminhada por uma praia de Santa Catarina.

Adepto das redes sociais, Bolsonaro classificou a ação do Facebook como “censura” . O presidente também declarou que só não tira jornais de circulação porque é um “democrata”.

“O certo é tirar de circulação — não vou fazer isso porque sou um democrata —, tirar de circulação Globo, Folha de S.Paulo, Estadão, Antagonista. São fábricas de fake news”, disparou o mandatário do país.

Desinformação

Recentemente, postagens das contas oficiais do presidente e do Ministério da Saúde receberam avisos do Twitter e do Facebook de que continham conteúdo que pode desinformar os usuários.

Uma das publicações de Bolsonaro versava sobre “tratamento precoce” contra a Covid-19 com medicamentos sem eficácia comprovada para a doença. O Twitter sinalizou que a postagem viola as regras da plataforma “sobre publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais” e restringiu sua circulação.

Na semana passada, dois canais do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos foram bloqueados pelo YouTube sob alegação de violação das regras da plataforma. Esta semana, a Justiça de SP liberou os canais.

Allan dos Santos é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news. Ele alega, no entanto, ser alvo de censura.

Bolsonaro está passando o feriado de Carnaval em São Francisco do Sul, litoral catarinense. Ele deve regressar a Brasília na noite desta terça-feira (16/2) ou na manhã de quarta (17/2). Não há compromissos públicos na agenda do presidente.

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