Bolsonaro reclama de “censura” do Facebook em post sobre combustíveis
Mais cedo, presidente pediu para seguidores de suas redes sociais compartilharem fotos da nota fiscal após abastecerem seus veículos
atualizado
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Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (12/2), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reclamou do Facebook por decisão da rede social de proibir imagens em páginas de conteúdo político.
Esta manhã, ele publicou em suas redes sociais que há indício de bitributação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), aplicado pelos estados. O mandatário disse que “jogam a população contra o governo como se fosse o único a arrecadar” e pediu para os seguidores abastecerem seus veículos, verificarem os impostos na nota fiscal e publicarem a foto.
Segundo ele, o Facebook estaria o censurando, pois a rede social não irá mais aceitar imagens em páginas políticas. “Não estou fazendo política, meu Deus do céu. Ou estou fazendo com P maiúsculo.”
Bolsonaro também criticou o bloqueio imposto pelas redes sociais ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
“Olha o que acontece, estou tratando disso aqui. Daí eu lanço para o pessoal hoje de manhã — quem puder, é óbvio — botar R$ 100 e mandar a nota pra mim. Eu não recebo nenhuma nota, porque o Facebook bloqueou as imagens. O futuro tá sombrio pro Brasil, pessoal! O homem mais poderoso do mundo foi derrubado lá nas mídias sociais dos Estados Unidos. Não vou discutir eleição americana, mas… Foi bloqueado, foi censurado.”
Envio do projeto sobre ICMS
Sobre o envio do projeto de lei para mudar o mecanismo de definição das alíquotas do ICMS, Bolsonaro afirmou que houve um atraso no fechamento do texto e que hoje deve apresentá-lo.
O presidente tem sido pressionado pelos caminhoneiros, que se queixam sobre o valor do diesel, e busca alternativas para dar uma resposta à categoria, que o apoiou na campanha de 2018.
“Como a gente vai resolver isso aí [questão dos combusíveis]? Apresenta o projeto hoje. Mandei fazer ontem, já dei bronca, já, porque era para ter feito ontem o projeto. Disse que faltou um dado, hoje vão apresentar.”
O presidente também negou interferência no imposto, de caráter estadual, e disse que a ideia é que haja previsibilidade ao consumidor e que seja possível identificar o percentual de cada ente da Federação no preço final do combustível.
“Eu não quero e nem posso, não posso e não vou interferir no IMCS, mas, de acordo com emenda constitucional de 2001, o Confaz vai decidir se o cobrado em cada litro de combustível pelos governadores é um valor fixo ou um percentual do preço do combustível na refinaria. E em um segundo tempo, os senhores governadores, junto com as respectivas Assembleias Legislativas, vão decidir o valor desse percentual fixo ou o percentual em cima do preço na refinaria. Tem interferência minha? Não. O que que eu quero de vocês, quando vocês botarem R$ 100 de combustível, [é] olhar lá e ver quanto cada ente está levando.”, afirmou.