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BC recolheu cerca de R$ 5,4 milhões em dinheiro falso na pandemia

Desde 1995, início da série histórica, já foram recolhidos cerca de R$ 510 milhões em notas e moedas falsas no país, segundo o BC

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Dinheiro moeda
1 de 1 Dinheiro moeda - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Durante a pandemia da Covid-19, e mesmo com restrições de abertura de comércios em todo o país, o Banco Central recolheu pouco mais de 90 mil moedas e cédulas falsificadas. Se fossem verdadeiras, valeriam cerca de R$ 5,4 milhões.

Segundo os dados disponibilizados pelo BC e analisados pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, a apreensão de dinheiro falsificado no país desabou em 2020. O valor foi o menor desde 1999, quando foram recolhidos R$ 991 mil. Em 2019, o total tirado de circulação chegou a R$ 31,8 milhões.

Alessandro Azzoni, advogado e especialista econômico, atribui a queda às medidas restritivas de fechamento do comércio para contenção da pandemia.

“A aplicação deste golpe fica muita mais complicada quando o falsificador não consegue passar a nota falsa para frente porque o comércio está fechado ou está muito vazio. É comum que esse crime seja feito em grandes regiões comerciais, sem que o comerciante tenha tempo para averiguar a veracidade do dinheiro recebido”, afirma.

Desde 1995, início da série histórica, já foram apreendidos mais de R$ 510 milhões em dinheiro falso. A nota de R$ 50 é a mais visada pelos falsificantes; foram mais de 4,4 milhões de cédulas capturadas.

Mesmo com a implementação contínua de diversos sistemas de segurança, criminosos não desistem de reproduzir artesanalmente a moeda brasileira. Em redes sociais, é possível encontrar perfis e grupos que prometem vender notas que se assemelham muitos as oficiais.

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Azzoni lembra que quem compra dinheiro falso também está cometendo um crime: “Apesar de muitas dessas vendas serem golpes, quem compra também está errado e pode ser preso”.

Notas de R$ 200

Estampada com o lobo-guará, a nota de RS 200 foi lançada em meio à pandemia, em setembro do ano passado, com a justificativa de que iria facilitar os saques dos beneficiários do auxílio emergencial e diminuir o custo da impressão de moeda no país.

Com menos de um ano de utilização, ela já foi alvo de falsificações. Até o momento, foram recolhidos 296 cédulas sem valor, um total de R$ 59 mil.

No último dia 8 de abril, a Polícia Militar do Distrito Federal prendeu uma quadrilha que tentava passar notas falsas de R$ 200. Ao todo, R$ 1,6 mil em dinheiro ilegítimo foi encontrado. Dois homens duas mulheres foram presos após denúncia de um comerciante de Brazlândia.

Para Alessandro, a falsificação da nota com maior valor circulante é facilitada pela novidade da cédula.

“A pouca circulação faz com que ela consiga passar. A pessoa vai checar e, talvez, se a falsificação for boa, ela vai acabar aceitando o dinheiro, mesmo sendo falso”, completa.

Em nota, o Banco Central afirma que “a cédula de R$ 200 contém itens de segurança robustos e também presentes nas demais cédulas do real” e que a “ocorrência de tentativas de falsificação é comum em todos os países após o lançamento de novas cédulas”.

Para evitar o recebimento de cédulas falsas, é possível conferir os atuais itens de segurança no site do BC. Você pode acessá-lo clicando aqui.

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