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Banco Central: servidores decidem manter greve por tempo indeterminado

Os trabalhadores iniciaram paralisação no último dia 1º, após embates por reajuste salarial e reestruturação da carreira de analista

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Homem caminha em frente a entrada do prédio do Banco Central em Brasília
1 de 1 Homem caminha em frente a entrada do prédio do Banco Central em Brasília - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Servidores do Banco Central aprovaram, em assembleia na tarde desta terça-feira (12/4), a manutenção da greve por tempo indeterminado, após mais uma semana sem acordos por reajuste salarial. A mobilização, iniciada no último dia 1º, é liderada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).

Os grevistas pedem um reajuste de 26,3% e uma reestruturação da carreira de analista, como a mudança do nome do cargo e exigência de ensino superior no concurso para técnico.

A decisão foi apoiada por 80% dos 1.300 funcionários que participaram da deliberação. Atualmente, a autoridade monetária tem em torno de 3,3 mil servidores.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, não participou das deliberações das três entidades representativas dos servidores do órgão com a diretora de Administração da autarquia, Carolina de Assis Barros.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, afirmou que Campos Neto só se encontrará com o grupo quando tiver uma proposta concreta para a categoria.

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Efeitos da greve

Um relatório elaborado pela Associação Nacional de Analistas do Banco Central (ANBC) e divulgado nesta terça apontou que a greve causou a paralisação da homologação de 14 instituições para participarem do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), que vai possibilitar as operações instantâneas entre as instituições participantes do Pix.

Além disso, interrompeu a abertura de Conta PI (Pagamentos Instantâneos) no BC, “impossibilitando que estas instituições ofereçam Pix a seus clientes por meio de acesso direto ao SPI”.

A paralisação também vem afetando atividades preparatórias ligadas ao Comitê de Política Monetária (Copom) e ao Comitê de Estabilidade Financeira (Comef). Outras atividade afetada é a divulgação de indicadores financeiros, como o boletim Focus, o fluxo cambial, as notas econômico-financeiras, a apuração da ptax (taxa de câmbio) diária e outros.

Na última sexta-feira (8/4), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de fevereiro, o relatório de poupança e outros dados não foram divulgados em função da greve.

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