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Aprosoja ataca União Europeia e diz que Brasil deixou de ser colônia

Produtores de soja brasileiros protestaram com veemência contra pressão econômica dos europeus para reduzir o desmatamento

atualizado

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1 de 1 soja - Foto: Divulgação

Produtores brasileiro atacaram com veemência medida anunciada pela União Europeia para tentar forçar a redução no desmatamento no mundo por meio de pressões econômicas. Nesta terça-feira (23/11), a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) divulgou nota com ataques aos europeus, acusados de protecionismo e de se sentirem donos do mundo.

“Protecionismo comercial disfarçado de preocupação ambiental. É disso que se trata a medida”, dizem os representantes de um dos setores com mais peso nas exportações brasileiras na nota. Os empresários do agronegócio também dizem que a medida, anunciada pelo Parlamento Europeu, seria “uma afronta à soberania nacional”.

O discurso agressivo da Aprosoja tem apoio do governo brasileiro. Na segunda (22/11), em evento no Ministério das Relações Exteriores, a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, e Joaquim Leite, do Meio Ambiente, reclamaram da ameaça dos europeus.

Tereza Cristina chamou a medida de protecionismo e disse que “quando se coloca produtos como cacau e café, que não estão ligados ao desmatamento, mas até ajudam na proteção, no mesmo balaio, há alguma coisa errada”.

Já Leite disse que a medida é “inadmissível”, pois, logo após uma conferência global, como a COP26, seria contraproducente “a imposição de regras de um país ou um bloco sobre outros países quando o assunto for clima”. De acordo com o ministro, “é um movimento que não deve ser aceito pelo Brasil”.

Acusações

“Sabemos que o foco dos europeus sempre foi a Amazônia e suas riquezas”, acusa a Aprosoja na nota divulgada nesta segunda no site da entidade. “No entanto, hoje se sabe que mais de 80% do bioma encontra-se preservado, da forma como os europeus encontraram quando colonizaram o país”, acrescenta o texto.

Após enumerar uma série de ações e promessas do governo brasileiro para frear a destruição, os produtores de soja provocam: “Se isso não é suficiente, podemos concluir que as intenções da União Europeia não dizem respeito à preservação ambiental, mas, sim, de uma tentativa de exercer barreiras comerciais contra produtores de alimentos do Brasil para proteger agricultores daqueles países”.

O ataque mais direto vem no último parágrafo da nota.

“A União Europeia precisa entender que não são mais a metrópole do mundo (dona) e que o Brasil e demais países da América do Sul deixaram de ser suas colônias. Se os europeus estão preocupados com nossas florestas, eles poderiam aproveitar a qualidade de suas terras para replantar também as suas florestas e instituir como aqui a reserva legal e as áreas de proteção permanente dentro das propriedades rurais. Portanto, Respeitem a nossa soberania!”, conclui o texto.

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