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Após denunciar Flávio, MP quer aprofundar investigação sobre “rachadinhas”

Apuração do órgão apontou para seis núcleos ligados ao esquema na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Flávio Bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Ministério Público do Rio de Janeiro, na denúncia de peculato e lavagem de dinheiro contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), pediu à Justiça que a investigação seja aprofundada para identificar possíveis novos núcleos e integrantes da suposta organização criminosa.

Os procuradores responsáveis miram a loja de chocolates do senador e pedem para apurar se houve obstrução de justiça no departamento de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, quando Flávio ainda era deputado estadual.

Segundo Ricardo Martins, procurador autor da acusação, os focos de atuação e análise de ramificações da suposta organização criminosa são “encontrar envolvidos em eventuais crimes de lavagem de dinheiro praticados nas operações de aquisição da loja Kopenhagen” e apurar sobre fraudes “na operação da sociedade Bolsotini Chocolates e Café LTDA”.

Segundo a denúncia, Flávio Bolsonaro usou a empresa Bolsotini para, ao lado do sócio Alexandre Ferreira Dias Santini, comprar a franquia da loja de chocolate.

Segundo a investigação do MP, pelo menos outras três unidades da mesma franquia pertencem a pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro e ao ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como arrecadador de parte dos salários dos assessores do gabinete da Alerj, enquanto o filho de Jair Bolsonaro é indicado como chefe do esquema.

Caso Flávio Bolsonaro

No dia 17 de abril, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) perdeu, diante do STJ, o pedido de habeas corpus preventivo feito pela defesa sobre o esquema de “rachadinha” em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Foi a nona vez que a defesa de Flávio tentou paralisar as investigações sobre o esquema.

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Nas últimas descobertas feitas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, as “mesadas” pagas a “fantasmas” por Flávio Bolsonaro eram de R$ 300 a R$ 1,9 mil. Ou seja, de um salário de R$ 7 mil pago pela Alerj a um assessor parlamentar, mais de 90% eram devolvidos a Fabrício Queiroz. Segundo a força-tarefa, até agora, os valores desviados do gabinete chegam a R$ 6 milhões .

Flávio, Queiroz e outras 15 pessoas foram denunciados por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Entre os alvos, estão Nathália de Melo Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz, filhas mais velhas de Queiroz, e Márcia de Oliveira Aguiar, mulher dele.

Investigação da PGR

O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quinta-feira (19/11) que abriu uma apuração preliminar com a finalidade de investigar uma mobilização do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para tentar anular as investigações do caso das “rachadinhas”.

Segundo Aras, “a presente notícia-crime deu ensejo à instauração de Notícia de Fato [apuração preliminar] no âmbito desta Procuradoria-Geral da República, a fim de viabilizar a apuração preliminar dos fatos narrados e suas circunstâncias, em tese, na esfera penal”, escreveu.

 

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