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Após debandada no Inep, Milton Ribeiro diz que Enem 2021 está mantido

Órgão responsável por elaborar e aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio enfrenta crise e debandada de técnicos

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto
1 de 1 Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto - Foto: Isac Nóbrega/PR

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, divulgou nota no início da noite desta segunda-feira (8/11) garantindo que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021, marcado para os dias 21 e 28 de novembro, “está mantido”. A colocação vem após o aprofundamento da crise no órgão que elabora, aplica e corrige a prova, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os servidores do Inep estão mobilizados desde a semana passada em protesto contra a diretoria do órgão e, nesta segunda, pelo menos 31 gestores colocaram seus cargos à disposição.

Veja a íntegra da nota:

Nota de esclarecimento – Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)

O Ministério da Educação informa que o cronograma de execução do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 está mantido e não será afetado pelos pedidos de exoneração de servidores do Inep.

As provas do exame já se encontram com a empresa aplicadora e o Inep está monitorando a situação para garantir a normalidade de sua execução.

Cabe esclarecer que os servidores colocaram à disposição os cargos em comissão ou funções comissionadas das quais são titulares, mas que continuam à disposição para exercer as atribuições dos cargos até o momento da publicação do ato no Diário Oficial da União (DOU).

A crise no Inep

Os servidores do órgão vinculado ao MEC estão em pé de guerra com o presidente da instituição, Danilo Dupas. Desde a semana passada, há um processo de desmonte da estrutura e saída de gestores técnicos de suas funções. Nesta segunda-feira (8/11), 31 coordenadores pediram exoneração de cargos comissionados. A debandada começou com 12 nomes, mas o número foi sendo atualizado ao longo do dia, com mais adesões.

Na última quinta-feira (4/11), grande parte dos funcionários do Inep deixou o trabalho para participar de um protesto contra Dupas. Os manifestantes acusam o gestor de assédio moral e incompetência.

“O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e os Censos da Educação Básica e da Educação Superior estão em risco, em razão das decisões estratégicas que estão sendo adotadas no âmbito da Presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)”, diz comunicado divulgado pelos representantes dos servidores.

Já são 33 os gestores que saíram do órgão. Na última sexta (5/11), o coordenador-geral de Exames para Certificação do Inep, Eduardo Carvalho, e o coordenador-geral de Logística da Aplicação, Hélio Junio Rocha Morais, tinham pedido exoneração.

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