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Anvisa investiga frascos de vacina da Covid-19 com menos doses

Ao menos 15 estados e o DF denunciaram esse tipo de problema na vacinação. Ministério da Saúde orientou que estados registrem casos

atualizado

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Mateus Pereira/GOVBA
frascos de vacina
1 de 1 frascos de vacina - Foto: Mateus Pereira/GOVBA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apura a causa de frascos da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, contarem com menos doses que o indicado pelos fabricantes.

As primeiras denúncias de “falta de doses” estavam relacionadas ao imunobiológico produzido pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Contudo, a agência também recebeu relatos da mesma falha na vacina de Oxford — as doses são produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil, mas o governo também importou o insumo.

Nesta semana, o Ministério da Saúde orientou que estados e municípios registrem no formulário técnico quando os frascos não renderem o volume de doses sinalizado pelos fabricantes.

A pasta recomendou que a Anvisa apure as possíveis falhas. Inicialmente, a agência trabalha com todas as hipóteses para verificar a origem do problema. Os frascos com doses insuficientes teriam sido distribuídos em março e abril.

Ao menos 15 estados e o Distrito Federal denunciaram esse tipo de problema na vacinação. Os frascos teriam uma quantidade menor do que a necessária para 10 aplicações.

Em nota, a Anvisa apontou ter observado um “aumento de queixas técnicas relacionadas à redução de volume nas ampolas”. “Estes relatos estão sendo investigados com prioridade pela área de fiscalização”, informa o texto.

Segundo a agência, a situação é considerada de “baixo risco”, “por não haver risco de óbito, de causar agravo permanente nem temporário”.

“No entanto, todas as hipóteses estão sendo avaliadas para que se verifique a origem do problema e não haja prejuízos à vacinação em curso no país”, finaliza a nota.

Aplicação

O Butantan, produtor da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, centraliza a maior parcela das queixas. O imunobiológico do instituto é o principal usado na imunização contra a Covid-19 no Brasil.

Em comunicado, o Butantan atribui a diferença no número de doses a discrepâncias no processo de aplicação. Segundo o instituto, o tipo de seringa e a forma da vacinação.

Em março, a Anvisa autorizou que o Butantan alterasse o volume do frasco da CoronaVac, para evitar desperdício. O volume passou de 6,2 ml para 5,7 ml – quantidade que deveria ser suficiente para 10 doses, considerando que cada aplicação é de 0,5 ml.

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