metropoles.com

“Alguns vetos são muito preocupantes”, diz relator do Orçamento 2022

Hugo Leal disse que vai propor derrubada de alguns vetos na Comissão do Orçamento. Outros deputados criticaram manutenção do Fundão e cortes

atualizado

Compartilhar notícia

Igo Estrela/Metrópoles
ministério da economia
1 de 1 ministério da economia - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), relator do Orçamento 2022, afirmou, nesta segunda-feira (24/1), que os cortes promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sancionar a Lei Orçamentária Anual “são muito preocupantes”. O parlamentar destacou ainda que os vetos serão analisados na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e que ele vai defender derrubá-los.

O texto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda prevê o valor total das despesas para 2022 em R$ 4,7 trilhões, dos quais R$ 1,8 trilhão é referente à dívida pública. O presidente vetou R$ 3,2 bilhões em despesas aprovadas pelo Congresso Nacional para recompor gastos com pessoal.

“Alguns vetos são muito preocupantes, principalmente aqueles que fazem cortes no orçamento do Ministério do Trabalho e da Previdência (INSS) e Educação”, disse Leal.

Nas redes sociais, o parlamentar falou em “demanda represada” no INSS.

Veja:

O relator disse que dirigentes do INSS defenderam junto à Comissão de Orçamento a necessidade de mais recursos para atender os segurados e antecipou que vai defender a derrubada deste veto. “Creio que são necessários recursos para melhorar os serviços e reduzir a fila”, afirmou.

“Esses vetos serão analisados com cuidado na Comissão de Orçamento, com a participação dos líderes partidários e em conjunto com todos os senadores e deputados. Vamos manter o diálogo e a harmonia entre Legislativo e Executivo para alcançarmos as melhores soluções para os vetos”, completou.

Críticas

Outros parlamentares também se manifestaram sobre o formato do Orçamento para 2022. O Fundão Eleitoral de R$ 4,9 bilhões uniu deputados do PSol e do Novo nas críticas.

O deputado Vinicius Poit (Novo-SP) destacou que o Novo já questionou o “aumento absurdo” do fundo ao Supremo Tribunal Federal (STF). “O pagador de impostos merece respeito”, disse.

Já a deputada Fernanda Melchionna (S-RS) ironizou a manutenção do Fundão e criticou os cortes em áreas sensíveis. “Adivinha onde foram os cortes? Nas verbas para pesquisas científicas, indígenas, quilombolas e nos ministérios do Trabalho e Educação. Prioridades, né?”, alfinetou.

O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) também destacou que os Ministérios da Educação e do Trabalho sofreram os maiores cortes no Orçamento.

Compartilhar notícia