Advogado de vítima sobre defesa de Robinho: “Quer evitar o inevitável”

Jacopo Gnocchi, advogado da mulher de origem albanesa que denunciou o ex-jogador de futebol Robinho por estupro na Itália, resultando numa condenação de 9 anos de prisão, reclamou das tentativas da defesa do ex-atleta de impedir que ele cumpra a pena no Brasil.

“Acho fora de hora essa tentativa de buscar ‘pelo em ovo’ para evitar o inevitável, ou seja, que ele cumpra a pena no Brasil”, disse o advogado, sobre o pedido da defesa para que a Justiça italiana envie ao Brasil uma cópia do inteiro teor do processo traduzida para o português.

A tática da defesa de Robinho para evitar que ele precise cumprir a pena no Brasil é argumentar que ele não teria tido um julgamento justo na Itália. O ex-jogador de Santos, Milan e Seleção Brasileira é representado pelo escritório de José Eduardo Alckmin.

“Não creio que haja mais nada para demonstrar, pois o culpado [Robinho] teve um julgamento justo, com todas as garantias de defesa, porque foi assessorado em todos os graus do julgamento por advogados italianos absolutamente especializados”, argumentou ainda Jacopo Gnocchi, advogado da vítima, que tinha 23 anos na época dos fatos.

O estupro, segundo a condenação, aconteceu em uma boate de Milão em 22 de janeiro de 2013.

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é responsável pelo caso no Brasil e ainda não se manifestou sobre o pedido da defesa do ex-atleta.

Robinho reclama de assédio da imprensa

A defesa de Robinho também reclamou oficialmente para o STJ de suposto constrangimento público a que ele e sua família estariam sendo expostos por parte da imprensa. Segundo a defesa, jornalistas estão de plantão na portaria do prédio onde Robinho vive, em Santos, e isso estaria afetando a rotina de seus filhos, menores de idade.