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Advogada de hacker diz desconhecer “talento” cibernético do cliente

Walter Delgatti, preso na Operação Spoofing, responde por furto qualificado por estelionato

atualizado

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JP Rodrigues/ Metrópoles
Hackers prestam depoimento na Polícia Federal
1 de 1 Hackers prestam depoimento na Polícia Federal - Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles

A advogada Mariani de Cassia Almas, que defende Walter Delgatti Neto, de Araraquara, um dos presos por suspeita de ataques a celulares de autoridades como o ministro Sergio Moro, disse nesta quarta-feira (24) que desconhecia qualquer aptidão em seu cliente para crimes cibernéticos. “Se ele tinha esse talento, ele nunca demonstrou e eu desconhecia. Ele nunca teve nada parecido com isso. Fiquei até surpresa quando li o noticiário sobre essa investigação, mas até agora ele não me procurou para falar sobre esse fato novo.”

Mariani atua na defesa de Delgatti em dois processos criminais, um deles por furto qualificado e outro por estelionato. Na ação pelo furto, seu cliente foi condenado, mas não cumpriu pena, segundo ela. “Estamos com apelação à espera de julgamento no Tribunal de Justiça”, disse. No processo por estelionato, o suspeito teria usado o cartão de crédito furtado de um advogado de Araraquara para comprar móveis. “Nesse processo ele ainda não tem condenação”, disse.

Conforme a advogada, ela atua em outro processo de Delgatti Neto em que ele figura como autor e reclama a devolução de bens apreendidos pela polícia em buscas relacionadas à investigação pelo crime de furto. “Apreenderam computadores e celulares que não tinham a ver com a acusação. Ele já foi julgado e não devolveram, por isso entramos com a ação”, disse.

Mariani disse que desconhece qualquer relação de seu cliente com o outro preso na operação, o ex-DJ Gustavo Henrique Elias Santos. Em 2015, os dois teriam sido detidos pela polícia, na companhia de outros dois amigos, numa abordagem da polícia no parque temático Beto Carrero World, em Santa Catarina. No caso de Delgatti, teriam sido encontradas munições e uma carteira falsa da Polícia Civil. “Ele nunca me falou sobre isso, até porque nossa relação sempre foi muito profissional.”

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