metropoles.com

O susto que o MBL deu no governo e no Supremo Tribunal Federal

Por trás do resultado, a impressão digital do chamado “deputado oculto”

atualizado

Compartilhar notícia

Câmara dos Deputados
chiquinho-brazão
1 de 1 chiquinho-brazão - Foto: Câmara dos Deputados

O Movimento Brazão Livre (nada a ver com o Movimento Brasil Livre, embora ambos sejam conservadores e ligados à direita) deu uma resposta enérgica ao Supremo Tribunal Federal que mandou prender os irmãos Brazão – Chiquinho e Domingos, suspeitos de encomendarem ao ex-policial Ronie Lessa a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

Dos 513 deputados federais, 78 faltaram à sessão da Câmara que aprovou a decisão do Supremo e 28 se abstiveram de votar. Os que faltaram poderiam votar à distância. Falta e abstenção favoreciam Chiquinho, deputado sem partido. Votaram para libertar Chiquinho 129 deputados, e para mantê-lo preso 277, 20 a mais do que seria necessário. Ufa!!!

O PL de Bolsonaro foi o partido que deu mais votos para soltar Chiquinho: 71. Em seguida, o União-Brasil, com 22 votos. O PT, deu 64 votos a favor da prisão de Chiquinho, e nenhum contra, seguido pelo PSD de Gilberto Kassab, com 35 votos. Atualmente, Kassab é secretário de Estado do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

O PP de Arthur Lira, presidente da Câmara, dividiu-se: 12 deputados se abstiveram de votar; 18 votaram para que Chiquinho fique preso, e 10 para soltá-lo. Dos três candidatos à sucessão de Lira, um (Antonio Brito, PSD-BA), votou a favor da prisão; outro (Elmar Nascimento, União-Brasil-BA) contra; e outro (Marcos Pereira, Republicanos-SP) se absteve.

Lira não gostou do resultado – menos do resultado em si, e mais porque o resultado não dependeu dele. Não fosse o empenho do governo e dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes que cabalaram votos para derrotar o Movimento Brazão Livre, o resultado poderia ter sido outro. Havia até deputados do PT a favor de libertar Brazão.

Deve-se a Eduardo Cunha, cassado por corrupção e uma espécie de “deputado oculto”, o susto que o Supremo levou. Aboletado no gabinete de Dani, sua filha, deputada pelo União-Brasil, o aliado de Bolsonaro tudo fez para que seu amigo Brazão, preso desde 23 de março último, voltasse para casa. Não foi bem-sucedido por pouco.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?