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Lula, com uma tacada só, faz o PT e Bolsonaro amargarem derrotas

A traição de Javier Milei

atualizado

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Presidência da República
Lula, Gonet e Dino oposição sabatina
1 de 1 Lula, Gonet e Dino oposição sabatina - Foto: Presidência da República

O candidato do PT à vaga da ex-ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal era Jorge Messias, atual advogado-geral da União, e não Flávio Dino, titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública. E o candidato a procurador-geral da República, Antônio Carlos Bigonha.

Se bem-sucedido em suas apostas, o PT iria batalhar pela criação do Ministério da Segurança Pública para onde poderia ir Dino, assumindo o da Justiça o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas. Lula escolheu Dino para o Supremo e Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República.

A candidatura de Messias à vaga aberta com a ida de Dino para o Supremo está posta pelo PT, assim como a de Ricardo Cappelli, secretário do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, posta por Dino. Lula inclina-se por não repartir o ministério como quer o PT e examina outros nomes para suceder Dino.

Que tal o ex-ministro do Supremo Ricardo Lewandowski? Lula embarcou, ontem, para uma viagem a países do Oriente Médio e à Alemanha com Lewandowski a tiracolo. Foi a primeira-dama Marisa Letícia, à época mulher de Lula, que o convenceu a nomear Lewandowski ministro do Supremo. Os dois ficaram amigos.

À boca miúda, queixa-se o PT de não ser ouvido por Lula como deveria. Lula está certo de que derrotou Bolsonaro apesar do PT, de que o PT sabe disso e de que o PT depende dele para voltar a crescer e que, portanto, jamais o abandonará. A preocupação número 1 de Lula é com o sucesso do seu governo; a 2, com a sua saúde.

Será candidato à reeleição se chegar bem ao fim do mandato. Que venha o bolsonarismo com ou sem Bolsonaro, duas vezes inelegível por 8 anos, e talvez preso. Bolsonaro e os seus só colhem derrotas. Dino no Supremo será ruim para eles; um Supremo satisfeito com Lula será ruim para eles; até Javier Milei não será assim tão bom.

Bolsonaro celebrou a vitória de Milei na Argentina, ofereceu-se para ir à festa de posse em 10 de dezembro e começou a montar uma comitiva para acompanhá-lo. Era o Milei que chamou Lula de ladrão, corrupto e comunista, que disse querer distância do Brasil e ser contra o Mercosul. Em poucos dias, Milei mudou de opinião.

Negou ter dito tudo o que disse sobre Lula. E escreveu uma carta respeitosa a Lula convidando-o para sua posse. Não é provável que Lula vá, mas os canais diplomáticos foram desobstruídos. Lula deverá responder à carta de Milei com outra, e, talvez, com um telefonema. Donald Trump, que iria à posse de Milei, já não irá.

O bolsonarismo de raiz definha. A última grande manifestação em favor de Bolsonaro, no dia 7 de setembro de 2022, reuniu na Avenida Paulista 32 mil pessoas. Estimulados por Bolsonaro, que não pôs os pés por lá, no domingo (28) e na mesma avenida, reuniram-se 13.321 bolsonaristas em defesa da democracia.

Democracia e bolsonarismo têm pouco ou nada a ver. Bolsonarismo combina com golpe para anular eleição que perdeu.

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