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Bolsonaro quer a ajuda dos ricos para derrotar os mais pobres

Na pesquisa Datafolha, Lula cresceu entre os eleitores indecisos, os homens e na Região Sul do país

atualizado

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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil. Ele tem cabelos curtos, grisalhos e tem a pele clara -metrópoles
1 de 1 Jair Bolsonaro, presidente do Brasil. Ele tem cabelos curtos, grisalhos e tem a pele clara -metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Bolsonaro vence Lula entre os eleitores com renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos (42% a 31%). E esmaga-o entre os eleitores que se dizem empresários (56% a 23%). Banqueiros são poucos, mas eles também o apoiam sem risco de traí-lo.

Nada mais natural que espere a ajuda deles para conquistar fatia expressiva do voto dos pobres que o rejeitam. Mesmo entre os eleitores beneficiados pelo Auxílio Brasil pago pelo governo, Lula derrota Bolsonaro com quase o triplo dos votos (59% a 20%).

Lula consolidou sua vantagem no Nordeste (62% a 17%). Sua vantagem é grande também entre os eleitores que se declaram pretos (57% a 23%), desempregados (57% a 16%) e católicos (54% a 23%). Ele perde de pouco entre os evangélicos (36% a 39%).

O ex-presidente teve ganhos consideráveis em dois grupos de eleitores que são considerados bolsonaristas de doer: chegou a 39% entre os homens, e a 36% na Região Sul. Lula cresceu basicamente entre os eleitores que estavam indecisos.

Para complicar ainda mais a vida de Bolsonaro, entrará em campo a senadora Simone Tebet (MDB), a ser apoiada pelo PSDB. Simone tem pouca ou nenhuma afinidade com os eleitores de Lula, e muita com eleitores que poderiam votar em Bolsonaro.

Afinidades com os eleitores de Lula têm os 7% dos eleitores de Ciro Gomes (PDT). Má notícia para Ciro: só 35% dos seus eleitores se dizem firmes com ele, e 65% admitem que poderão votar em outro nome até o dia da eleição (alô, alô, Lula!).

Há duas semanas, durante almoço em São Paulo, em resposta a um empresário que perguntou como poderia ajudá-lo, Bolsonaro ensinou como: chamou os funcionários da cozinha e dissertou para eles sobre os perigos de uma vitória da esquerda.

Verdade que não ouviu depois a opinião dos funcionários. E que foi embora sem saber se convencera algum. A donos de supermercados, em outro evento, sugeriu que se reunissem uma vez por semana com seus empregados mais humildes. E ensinou:

“É reunir pelo menos uma vez por semana com o pessoal no canto e dar a palavra: ‘Onde está apertando o calo de cada um de vocês?’. Para ganhar a confiança”.

Na eleição de 2018, o empresário Luciano Hang, bolsonarista até o talo, ameaçou demitir funcionários de suas lojas que votassem em Fernando Haddad (PT) para presidente. Lula estava preso em Curitiba. Hang continua solto, mas responde a processo.

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