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Antes dos finalmentes, Lula quer namorar o Centrão de mãos dadas

Está proibido de errar

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) durante o discurso de posse
1 de 1 Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) durante o discurso de posse - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O recato de Lula é compreensível, e dona Lindu, sua mãe, se viva fosse, aprovaria. Ela deu um duro danado para criar os filhos e não gostaria de ver um deles se entregar antes de subir ao altar.

O Centrão não é boa companhia, a não ser no início de cada nova relação. Só pensa em tirar vantagens do parceiro eventual para depois trocá-lo por outro, mais atraente e mais jovem.

Age assim com “todes”, mas Lula não é bobo. Não tem mais idade. Dono pela terceira vez da cama mais confortável da República, quer dar-se ao luxo de escolher com quem se deitar.

Impõe limites. Voltou a repetir, ontem, que não entregará o Ministério da Saúde ao Centrão. O ministério é dele e de Nísia Trindade, uma pessoa de respeito e que entende do assunto.

Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome? Aquele responsável pelo Bolsa-Família, a galinha dos ovos de ouro do PT? Esqueça, nem pensar.

O Ministério do Turismo já foi entregue, mas não de porteira fechada para seu titular empregar quem quiser. Haverá limites. A Caixa Econômica poderá ser entregue, com ressalvas.

Antes, porém, de entregar a Caixa, Lula deseja namorar de mãos dadas e olho no olho. Casamento de papel passado, só se o Centrão declarar em voz alta que lhe dará seus votos, e de fato der.

O Lula 1 acreditou que poderia governar solteiro, a distribuir agrados a cada votação no Congresso dos seus principais projetos. Deu no quê? Deu no mensalão, uma desgraça para ele.

O Lula 2 foi um polígamo que deixou o governo como o presidente mais popular da História. Pagou mais tarde o preço da devassidão. As coisas não podem ser nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

O Lula 3 quer pôr em prática o que aprendeu depois de tanto sofrimento. É o último capítulo da sua extraordinária biografia que começou a ser escrito, e ele está proibido de errar. A ver.

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