A estratégia da defesa que Bolsonaro insiste em não seguir
Ex-presidente é aconselhado a não dar entrevistas e ficar em silêncio
atualizado
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Depois que informações de um depoimento do tenente-coronel Mauro Cid vieram a público, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) montou um cerco para evitar que o cliente falasse com a imprensa ou desse qualquer declaração por outros meios, como o Twitter.
A única informação veio de uma nota assinada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten, que diz que Bolsonaro “nunca compactuou” com qualquer plano de golpe.
Bolsonaro foi aconselhado a não falar nem com os jornalistas que tem confiança. A estratégia do silêncio está em vigor desde que a defesa do ex-ajudante de ordens Mauro Cid entrou com um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). Naquela semana, Bolsonaro foi internado em São Paulo. Agora, o pedido de “controle” de Bolsonaro foi corroborado.
Ontem (21/09), tornou-se público parte de depoimento de Cid, em que ele relata uma reunião de Jair Bolsonaro com os chefes das Forças Armadas. O ex-presidente teria apresentado um plano de golpe aos três e recebido apoio apenas do ex-comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier.