Casal italiano é habilitado pela Justiça para adotar irmãos do DF

Dois irmãos de Brasília estão a um passo de ter um novo lar e uma nova família. A Comissão Distrital Judiciária de Adoção (CDJA) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) acolheu o pedido de habilitação de um casal italiano que quer adotar um menino, de 8 anos, e uma menina, de 11.

O casal, ele com 52 anos e ela com 46, é proveniente da região da Sardenha e tem 30 anos de relacionamento. Agora, o próximo passo é cumprir um estágio de convivência de um mês com as crianças brasileiras, que deve ser iniciado em outubro e finalizado em novembro. O objetivo do processo é estreitar os laços entre pais e filhos durante dez encontros.

Os irmãos foram cadastrados para a adoção internacional porque nenhuma família brasileira manifestou interesse em acolhê-los. A comissão realiza a habilitação apenas quando há criança com perfil compatível ao desejado pela família vinculada a um organismo internacional, para evitar falsas expectativas de adoção.

Ao conceder a habilitação, a comissão levou em conta um parecer do Ministério Público do DF, o qual apontou que o casal italiano atendeu aos critérios objetivos e subjetivos exigidos para a adoção internacional.

Entre eles, boas condições emocionais, financeiras e de saúde; não terem antecedentes criminais e, principalmente, estarem dispostos a constituir uma família e a terem como filhos duas crianças brasileiras.

A comissão também considerou a adequada regularidade do credenciamento do organismo internacional que intermediou a adoção. Após a leitura do relatório, o presidente da comissão, desembargador José Cruz Macedo, declarou o casal habilitado para a adoção internacional dos irmãos, por unanimidade.

Estatística
Segundo dados da CDJA, o perfil de adotados por estrangeiros no Distrito Federal é constituído de crianças e adolescentes com a média de idade de 9 anos e pertencentes a um grupo de irmãos. As famílias são, em geral, compostas por casais acima de 40 anos, sem filhos e predominantemente italianos.

Entre 2000 e 2017, a comissão realizou 40 adoções internacionais, sendo sete em 2016 e três até agosto de 2017. (Com informações do TJDFT)