metropoles.com

Arrecadação do GDF sobe, mas brasiliense não vê a cor do dinheiro

Somente com ICMS, o governo local aumentou a receita em 18,78% na comparação de maio de 2015 com o mesmo mês deste ano. No entanto, o contribuinte não sente melhora na qualidade dos serviços públicos prestados à população

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A cada mês, o Governo do Distrito Federal registra melhoria na arrecadação de tributos, que tem ficado acima da inflação acumulada no período de 12 meses. No entanto, embora o contribuinte tenha feito a sua parte ao recolher impostos e taxas, a população não vê melhorias nas diferentes regiões da capital. Pelo contrário. O brasiliense se ressente dos históricos problemas na saúde, na educação, no transporte, na segurança e na infraestrutura urbana.

Contra o discurso inflamado da falta de recursos públicos, a frieza dos números não mente. A arrecadação do GDF apresentou crescimento considerável no mês de maio de 2015, se comparado ao mesmo período de 2016. Somente com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços (ICMS), o aumento foi de 18,78%: saltou de R$ 524.976.668,14 para R$ 623.559.110,89.

Na comparação dos dois períodos, a soma dos tributos sobre a produção — que, além do ICMS inclui o Simples e o ISS — também foi positiva, com variação de 15,68%. Em maio de 2015, o total foi de R$ 670.450.544,72, contra R$ 775.570.709,68 no mesmo mês deste ano.

No período analisado, a receita total do GDF com impostos teve incremento de R$ 126,9 milhões com relação a 2015. Subiu de R$ 1.062.568.183,41 para R$ 1.189.477.180,54, um incremento equivalente a 11,94%.

A arrecadação total de tributos — que inclui impostos e taxas — em maio de 2016 também cresceu. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, subiu de R$ 1.081.154.899,33 para R$ 1.205.785.108,59 — o equivalente a 11,53%. Os dados constam no Sistema Integrado de Gestão Governamental do DF (Siggo-DF).

Folha de pagamento
Mesmo com o acréscimo na receita, o GDF ainda tem dificuldade para fazer a máquina funcionar. O inchaço na folha de pagamento de pessoal não o deixa fazer grandes investimentos. No primeiro quadrimestre de 2016, as despesas com servidores chegaram a 47,08% da receita corrente líquida, o que manteve o governo  acima do chamado limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O dado revela, ainda, que houve um aumento do comprometimento das finanças locais, já que o DF encerrou o ano de 2015 com índice menor, de 46,78%.

Dívidas
Mesmo com a alta na arrecadação impulsionada pelo setor de produção, o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) diz que não há dinheiro para honrar uma série de compromissos. O GDF diz que não há caixa para pagar a licença-prêmio de professores e profissionais da saúde aposentados em 2016. Falta verba também para quitar as dívidas com empresas que prestaram serviços à Secretaria de Saúde ainda na gestão passada.

Desde o ano passado, o Executivo repete que não é possível conceder aumentos ao funcionalismo nem fazer contratações, pleito de diversas categorias, incluindo as polícias Militar e Civil. Enquanto isso, faltam remédios e médicos na rede pública e as escolas continuam em situação precária.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?