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Remédio antirressaca pode piorar a ressaca; entenda

Saiba por que esse tipo de remédio não é a melhor pedida antes de cair na “bebedeira”

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Mulher com mais na cabeça em frente à mesa com copo e remédios - Metrópoles
1 de 1 Mulher com mais na cabeça em frente à mesa com copo e remédios - Metrópoles - Foto: Getty Images

Você provavelmente ouviu ou aderiu a remédios famosos que prometem prevenir ou aliviar os sintomas da temida ressaca. Entretanto, se você costuma ingerir essa substância antes da bebedeira, cuidado: ela pode virar uma verdadeira roleta russa e, em vez de ajudar, piorar os sintomas.

Esses comprimidos costumam ter quatro componentes farmacológicos em sua formulação, como:

  • Maleato de mepiramina, que é um antialérgico;
  • Hidróxido de alumínio, que serve contra a azia;
  • Ácido acetilsalicílico, o mesmo componente da aspirina;
  • Cafeína, que serve para potencializar o efeito analgésico.

Logo, podemos concluir que esse composto conta com fármacos com ação anti-inflamatória e analgésica, para tratar a dor, não apresentando nenhuma garantia antirressaca.

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É claro que o excesso de bebida pode causar dores de cabeça associadas ao mal-estar estomacal, e isso justifica a presença do hidróxido de alumínio, do ácido acetilsalicílico e da cafeína.

Contudo, a presença do antialérgico pode representar um verdadeiro problema. Esse tipo de medicamento costuma ter como efeito colateral o sono, além de aliviar enjoos e impedir os vômitos.

O problema está justamente aí: uma das formas do nosso corpo se defender do excesso alcoólico é justamente por meio do vômito, para reduzir a toxicidade causada no organismo.

Quando utilizado antes da bebida, é possível que a exposição aos efeitos colaterais sejam pioradas, uma vez que, com o vômito privado, a intoxicação pela bebida tende a ser maior.

É possível encontrar essa informação, inclusive, na própria bula do composto. Então, o ideal é não ingerir a medicação nem antes e nem após o rolê, quando a quantidade de álcool no organismo ainda não foi metabolizada, estando em alta concentração no organismo.

Já no dia seguinte, com menor quantidade de álcool circulante, pode até ser uma alternativa para reduzir os sintomas, mas jamais terá ação para impedir que a ressaca aconteça. A problemática pode ser ainda maior uma vez que vários indivíduos acreditam que a medicação irá inibir a ressaca, e se encorajam para exagerar nas doses de álcool.

Além disso, utilizar o composto junto a ingestão da bebida pode sobrecarregar o fígado, que terá de metabolizar a bebida e a medicação. Por isso, a melhor forma de prevenir uma ressaca é bebendo água e se alimentando bem.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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