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Voluntário “encarna” o Batman para ajudar pessoas com câncer no Brasil

Há 15 anos, o voluntário entra em hospitais para entreter crianças, adolescentes e adultos vestido como o icônico personagem

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Foto colorida de homem vestido de batman
1 de 1 Foto colorida de homem vestido de batman - Foto: Arquivo Pessoal

Sabe aquela frase de que “nem todo herói usa capa”? No caso desta história, a máxima não deve ser levada ao pé da letra. Aos 43 anos, Cristiano Zanetta visita pessoas com câncer em hospitais do Brasil, encorajando pacientes desanimados com o tratamento e, em grande parte dos casos, com depressão, a não desistirem.

Neste domingo (28/8), quando se comemora o Dia Internacional do Voluntário, veja a história do Bruce Wayne tupiniquim.

O projeto

Há 15 anos, o super-herói estimula crianças, adolescentes e adultos vestido como o Batman. “O meu trabalho é fortalecer pessoas que passam pela depressão associada ao câncer”. Em paralelo, Zanetta ministra palestras para empresários sobre vendas e liderança.

Assim como Batman, o herói brasileiro não mede esforços para ajudar o próximo. Prova disso é a sua fantasia. A roupa de Cristiano foi projetada no Canadá e chega a pesar 25 kgs, com sensação térmica de 50ºC.

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A roupa causa uma sensação térmica de 50º C
Há 15 anos, ele visita hospitais
Sua missão é encorajar os pacientes
Desenvolve um trabalho específico com cada paciente que visita
Sua assessora também se envolveu na iniciativa, e se fantasiará de Mulher Maravilha
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A fantasia do "Batman brasileiro" pesa 25 kgs

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A roupa causa uma sensação térmica de 50º C

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Há 15 anos, ele visita hospitais

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Sua missão é encorajar os pacientes

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Desenvolve um trabalho específico com cada paciente que visita

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Sua assessora também se envolveu na iniciativa, e se fantasiará de Mulher Maravilha

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Zanetta explica que desenvolve um trabalho específico com cada um dos pacientes. “Nessas três idades, a depressão se apresenta de uma forma diferente”, elucida.

O projeto é tão empático que acabou impactando até a vida de Mika Mattos, assessora de comunicação de Cristiano. Mika está sendo preparada para fazer as visitas voluntárias junto ao chefe, caracterizada de Mulher Maravilha. Ela se mostra animada em fazer parte da iniciativa.

“Antes, eu preciso de um preparo. É necessário ter uma inteligência emocional aguçada. Estou passando por esse processo de entendimento, estudando, antes de começar de fato”, salienta.

Como tudo começou

Formado em Educação Física, Cristiano conta que sua paixão pelo Batman começou aos 6 anos, quando sua casa pegou fogo e seus pais não estavam no momento. Zanetta quase presenciou a morte das duas irmãs mais novas, se não fosse um soldado do Corpo de Bombeiros terem as salvado.

Por causa do incêndio, a casa da família foi saqueada. Traumatizado, Cristiano, que até então tinha como herói favorito o Superman, foi encaminhado a uma psicóloga. A profissional foi quem lhe falou sobre o protetor de Gotham.

“Eu não acreditava em mais ninguém, e ela me apresentou o Batman, como um super-herói que não tem super-poderes e pode ser qualquer pessoa”, relembra.

Contudo, as dificuldades na vida do voluntário estavam só começando. Aos 17 anos, ele foi diagnosticado com um câncer na cabeça. De acordo com seu médico, só lhe restavam mais dois anos de vida. Nesse momento, nasceu nele o desejo de ajudar outras pessoas. “Fiz um treinamento com um grupo de palhaços para visitar os hospitais”, rememora.

Um ano e meio depois de receber a pior notícia de sua vida, foi constatado um equívoco no diagnóstico do Bruce Wayne brasileiro. “Um médico descobriu que não era câncer, mas uma doença chamada displasia fibrosa”.

Alguns anos depois, o pai de Zanetta desenvolveu um câncer, e a situação que teve de enfrentar com sua família foi um divisor de águas para o super-herói.

“No terceiro estágio do câncer, meu pai entrou em depressão e desistiu de fazer o tratamento. Minha mãe chamou todo mundo no quarto para se despedir. E eu acabei conseguindo motivá-lo a fazer o tratamento”, recorda.

Ao conversar com o médico, o profissional contou a Cristiano que era comum pacientes desenvolverem depressão quando descobriam a doença. “A partir daí, prometi que levaria essa experiência para pacientes que estavam passando por esse processo”, finaliza.

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