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Leandra Leal homenageia filha de 3 anos no Dia da Consciência Negra

Em um post no Instagram, a atriz declarou amor à filha falou sobre a luta diária contra o racismo e preconceito

atualizado

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Leandra Leal
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Leandra Leal surpreendeu os seguidores nesta segunda-feira (20/11). No Instagram, a atriz postou uma foto com a filha, Julia, de 3 anos, fruto do casamento de Leandra com o empresário Alê Youssef. Além do post raro, a atriz também fez menção ao Dia da Consciência Negra.

Em um texto de homenagem à filha, ela falou sobre o preconceito que está enraizado na sociedade, e como sua filha pode sofrer com ele. Contou, também, sobre o prazer de ser mãe e de lutar pela pequena Julia.

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Eu, que sempre lutei por liberdade e igualdade, que sempre me indignei contra a injustiça, intolerância, machismo e preconceito. Eu, que sempre me considerei politizada e consciente, cai na terra quando fui mãe. De alguma forma, a maternidade intensificou isso tudo. Acho que toda mãe passa por esse processo: tem medo desse mundo, tem dúvidas de como criar sua filha para ser forte e potente, capaz de autonomia e enfrentamento. Capaz de amar o outro como a si próprio. Ser mãe me fez uma pessoa muito mais conectada ao outro. Agradeço tudo o que eu venho vivendo. A descoberta desse amor e dessa vida, dessa consciência nova, desse novo olhar para o mundo. Dessa vontade de construir um novo normal com a minha filha.

Mas eu, como branca, mãe de uma menina negra, abre-se um outro portal nesse Brasil de hoje. Eu me abri e me coloquei num lugar que, por mais que eu tivesse consciência da sua existência, eu não sentia. E pior, eu nunca vou sentir. Eu nunca vou poder de fato compartilhar o sentimento da minha filha ao sofrer preconceito. Eu vou me indignar junto, vou consolar, vou lutar junto, vou fazer de tudo para que ela tenha autoestima forte, mas essa experiência vai ser só dela. O que eu posso fazer é tornar essa luta minha também. É criá-la forte, como minha mãe me criou, é dar autoestima, consciência, liberdade e amor. É dentro do meu lugar de fala, contar para outros brancos como nós somos privilegiados e como precisamos abrir mão desses privilégios! Como não precisamos ficar provando com discursos que nós não somos racistas, quando na verdade precisamos ouvir quem passa por isso e reconhecer que o buraco é muito mais embaixo. Reconhecer que somos, sim, resultado de um processo histórico onde alguns foram privilegiados e muitos, excluídos. Hoje pode ser um dia para nós, como sociedade, buscarmos a compreensão da nossa realidade: uma sociedade que é diversa, plural, desigual e racista.

Eu, como mãe da Julia, agradeço infinitamente a oportunidade de ser sua mãe e me comprometo a estar do seu lado nessa luta, minha filha. Para todo o sempre.

Eu, que sempre lutei por liberdade e igualdade, que sempre me indignei contra a injustiça, intolerância, machismo e preconceito. Eu, que sempre me considerei politizada e consciente, cai na terra quando fui mãe. De alguma forma, a maternidade intensificou isso tudo. Acho que toda mãe passa por esse processo: tem medo desse mundo, tem dúvidas de como criar sua filha para ser forte e potente, capaz de autonomia e enfrentamento. Capaz de amar o outro como a si próprio. Ser mãe me fez uma pessoa muito mais conectada ao outro. Agradeço tudo o que eu venho vivendo. A descoberta desse amor e dessa vida, dessa consciência nova, desse novo olhar para o mundo. Dessa vontade de construir um novo normal com a minha filha. Mas eu, como branca, mãe de uma menina negra, abre-se um outro portal nesse Brasil de hoje. Eu me abri e me coloquei num lugar que, por mais que eu tivesse consciência da sua existência, eu não sentia. E pior, eu nunca vou sentir. Eu nunca vou poder de fato compartilhar o sentimento da minha filha ao sofrer preconceito. Eu vou me indignar junto, vou consolar, vou lutar junto, vou fazer de tudo para que ela tenha autoestima forte, mas essa experiência vai ser só dela. O que eu posso fazer é tornar essa luta minha também. É criá-la forte, como minha mãe me criou, é dar autoestima, consciência, liberdade e amor. É dentro do meu lugar de fala, contar para outros brancos como nós somos privilegiados e como precisamos abrir mão desses privilégios! Como não precisamos ficar provando com discursos que nós não somos racistas, quando na verdade precisamos ouvir quem passa por isso e reconhecer que o buraco é muito mais embaixo. Reconhecer que somos, sim, resultado de um processo histórico onde alguns foram privilegiados e muitos, excluídos. Hoje pode ser um dia para nós, como sociedade, buscarmos a compreensão da nossa realidade: uma sociedade que é diversa, plural, desigual e racista. Eu, como mãe da Julia, agradeço infinitamente a oportunidade de ser sua mãe e me comprometo a estar do seu lado nessa luta, minha filha. Para todo o sempre.

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