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Hora de prender os cabelos. Estamos na época dos piolhos

Com as altas temperaturas, o inseto se prolifera e pode provocar epidemia de pediculose. Fique de olho nas coceirinhas na cabeça

atualizado

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Checking for lice
1 de 1 Checking for lice - Foto: iStock

Os termômetros têm subido dia após dia e os recordes de temperatura não trazem só a preocupação com hidratação por causa da seca. É nesta época do ano que uma tradicional praga volta a incomodar. E não estamos falando dos pernilongos. Mas dos piolhos. Coça daqui, coça dali. Quem pensa que só as crianças estão suscetíveis ao problema, precisa ler esta reportagem até o fim. Adultos estão, sim, sujeitos à infestação dos insetos.

Os piolhos são insetos com tamanho que varia entre 2,1 mm a 3,6 mm e parasitam geralmente no couro cabeludo – biologicamente chamados Pediculus humanus capitis -, mas podem ser encontrados em outras duas formas: a Pediculus humanus corporis, que se hospeda no corpo, geralmente em quem tem muitos pelos, e a última forma, Phthirus pubis, que é encontrado na região pubiana.

Ao contrário do que prega o senso comum, lêndeas não são piolhos mortos e sim os ovos do Pediculus humanus humanus. As fêmeas colocam seus ovos (lêndeas) no hospedeiro, e estas estruturas ovóides aderem às hastes dos fios e ali ficam presas até nascerem pequenos insetos, iniciando assim a proliferação.

A doença causada pelos piolhos tem nome: pediculose. Apesar de pequenos, os bichos são assustadores. Se alimentam de sangue e preferem ambientes quentes, escuros e úmidos – ou seja, o couro cabeludo é o seu salão de festas. O dermatologista Luciano Morgado, da clínica Monte Parnaso, explica que a falta de tratamento na remoção dos insetos pode ser grave.“Ele pode provocar inflamação na pele das áreas afetadas. Além disso, a coceira decorrente da infecção pode resultar no aparecimento de escoriações e infecções”, conta o médico.

A publicitária Marcela Silva, de 31 anos, sabe bem como é lidar com piolhos. Mãe do pequeno Gabriel, de 3 anos, Marcela conta que já recebeu uma notificação da escola para, quando possível, prender o cabelo do pequeno antes das aulas. “Ele tem o cabelo compridinho, então, quando posso, mando ele com o cabelo preso em um pequeno rabo de cavalo”, conta.

No ano passado, a publicitária teve de lidar com a saga de cremes para eliminar piolhos e o indefectível pente fino. “Foram só três dias usando o shampoo e tomando todos os cuidados, mas o pente fino vai além dos três dias, a precaução dura semanas. E é claro que ele não achava nada agradável!” comenta Marcela, aos risos.

Divulgação
Marcela Silva e Gabriel: shampoos por três dias e pente fino por várias semanas

 Pula? Voa? Como foi parar na minha cabeça?
As causas de pediculose são várias, mas nada de ideias mirabolantes. A transmissão acontece de duas maneiras: compartilhamento de objetos pessoais que entrem em contato com a cabeça – pentes, escovas, prendedores de cabelo, bonés, travesseiros – ou por contato direto – encostou a cabeça na do amigo? Pegou.

Os insetos não pulam nem voam, só andam, e esta é a única forma possível de transmissão. Nesta época, as escolas costumam mandar bilhetinhos para casa, avisando dos riscos. Nada de pânico. E muita atenção aos mitos e verdades sobre os piolhos. Para isso, elaboramos uma listinha do que é realidade e do que é mera especulação. Confira:

Sintomas, prevenção e tratamento
O sintoma principal de infestação é, sem dúvidas, a coceira constante. Desconfie caso a irritação não passe e procure no couro cabeludo se há algum inseto. Há também a possibilidade de surgirem pequenos caroços e vermelhidões na nuca e na cabeça. Se essas situações aparecem junto com os sintomas, procure imediatamente um médico que lhe recomende o remédio correto para eliminar a praga. Na região pubiana, além dos caroços, vermelhidões e coceiras, pode haver ainda pequenas manchas azuladas. Sinal de alerta, caso note algo!

Como prevenir é sempre melhor que remediar, há algumas atitudes que podem ser tomadas:

  • Evite compartilhar objetos de uso pessoal que entrem em contato com o couro cabeludo. Exemplo: escovas e pentes, grampos, elásticos de prender cabelo, bonés, chapéus, lenços, bandanas, travesseiros, aparelhos de ouvido.
  • Tem cabelos longos? Sempre que possível, coloque a cabeleira para cima! Cabelos amarrados dificultam a entrada do parasita.
  • Caso esteja próximo a alguém que já esteja contaminado, lave regularmente alguns itens compartilhados.
  • Atenção aos ambientes públicos. Se há no trabalho, escola ou casa alguém contaminado, evite contato próximo.

Se não teve jeito, não se preocupe. O tratamento é chato, mas é eficaz. Existe uma grande quantidade de shampoos e loções que pode ser aplicada no couro cabeludo, eliminando toda a proliferação dos insetos. Mas procure recomendação médica antes de aplicar qualquer coisa.

Além disso, o uso de pente fino é mais que essencial: é obrigatório. “Além do tratamento contra o inseto, é importante que as lêndeas sejam removidas durante o processo, para que futuramente elas não ecludam e se tornem novos piolhos. Essa remoção deve ser feita com pente fino embebido em solução de vinagre diluído na água”, explica o Luciano.

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