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Veja o que se sabe sobre o coronavírus encontrado em morcegos na Tailândia

Apesar de compartilhar 91,5% do código genético com o Sars-CoV-2, não há evidências de que novo vírus infecte seres humanos

atualizado

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Nature Communications/Reprodução
foto de morcego em primeiro plano com a boca aberta - Metrópoles
1 de 1 foto de morcego em primeiro plano com a boca aberta - Metrópoles - Foto: Nature Communications/Reprodução

Pesquisadores da Universidade Chulalongkorn, em Bangkok, descobriram uma nova espécie de coronavírus em morcegos na Tailândia. Segundo os cientistas, o novo vírus não passa dos animais para os humanos, mas pode chegar às pessoas se for transmitido de morcegos para um hospedeiro intermediário, como o pangolim. O estudo que relata a descoberta foi publicado na revista científica Nature Communications.

De acordo com o trabalho, o novo coronavírus, denominado RacCS203, compartilha 91,5% de seu código genético com o Sars-CoV-2. Por conta da possibilidade de o vírus realizar o salto entre espécies, os cientistas alertam que para a necessidade de vigilância constante. A boa notícia é que os anticorpos presentes no sangue de morcegos infectados foram considerados eficazes para neutralizar a infecção.

Como foi feita a pesquisa
Os pesquisadores coletaram amostras do vírus em 100 morcegos Rhinolophus acuminatus de um santuário de vida selvagem no leste da Tailândia em junho de 2020. A equipe também testou dez pangolins, de fevereiro de 2020 a julho de 2020, para estudar o potencial de um possível hospedeiro intermediário na transmissão do vírus de animais para humanos.

Além das evidências moleculares e sorológicas do novo coronavírus detectadas nos morcegos, os pesquisadores encontraram anticorpos neutralizantes em um pangolim encontrado em um posto de controle de vida selvagem no sul da Tailândia.

Uma das limitações do estudo, segundo os cientistas, é o fato dos pangolins analisados não terem uma origem definida. Apesar de estarem em estações de vida selvagem, os animais foram confiscados de comerciantes ilegais, o que dificulta a definição precisa de onde os bichos habitavam.

Tráfico de animais
Os pesquisadores acreditam que, caso os humanos venham a contrair o novo vírus dos pangolins, o tráfico ilegal de animais será um dos principais culpados. O pangolim é o bicho mais traficado no mundo: sua carne é apreciada em vários países e seu casco, usado na medicina tradicional chinesa.

Os cientistas agora estão estudando a hipótese de cobras também servirem como animais intermediários para a transmissão do vírus a humanos.

Ao realizarem o sequenciamento genômico do novo vírus RacCS203, os pesquisadores descobriram que seu “parente” mais próximo seria o RmYN02 — 93,7% idêntico ao Sars-CoV-2.

Há, contudo, diferenças importantes na maneira como os humanos são infectados por cada vírus. A proteína spike do novo vírus (estrutura responsável por ligar o vírus às células humanas) tem formas diferentes das do coronavírus. Isso tornaria a infecção em seres humanos impossível”, afirmam os cientistas.

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