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6 curiosidades sobre o pangolim: animal ganhou fama com Covid-19

O pangolim é o bicho mais traficado no mundo: sua carne é apreciada em vários países e seu casco usado na medicina tradicional chinesa

atualizado

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pangolim
1 de 1 pangolim - Foto: Divulgação

Desde o início da pandemia da Covid-19, cientistas e pesquisadores vêm tentando descobrir a causa ou o responsável por portar o novo coronavírus. Com o início de vários estudos, um pequeno mamífero que vive na Ásia e na África, o pangolim, foi apontado por alguns especialistas como o possível hospedeiro do vírus.

Entretanto é importante ressaltar que ainda não se tem nenhuma informação totalmente certa que confirme o pangolim como real transmissor da Covid-19. Entretanto, o Metrópoles bateu um papo com o biólogo, Eduardo Bessa, para reunir algumas curiosidades sobre o animal. Confira:

1. Oi, eu sou o pangolim!

O pangolim é um mamífero coberto de escamas que lembra uma mistura de tamanduá com tatu. Ele se alimenta de formigas e cupins, logo, possui garras afiadas e uma língua comprida com uma saliva pegajosa para conseguir se alimentar. Quando sente que está em perigo, se enrola e fica em formato de bola, para se proteger. “Eles geralmente são encontrados em florestas e campos desde a África até a China, em geral em climas mais quentes”, apresenta Eduardo.

2. Pangolim x Covid-19

Os estudos que apontaram o pangolim como o possível hospedeiro da Covid-19, mostrou que os pesquisadores encontraram 99% de semelhança entre os vírus achados nos pangolins com o SARS-CoV-2, o responsável pelo coronavírus. Entretanto, outras contraprovas foram feitas, logo, foi notado que os vírus do pangolim só tem 90,3% de semelhança com o vírus.

“Por isso, a informação de que o pangolim é o hospedeiro e possível transmissor do coronavírus ainda é incerta. A única coisa que podemos afirmar é que o morcego é o principal suspeito”, conta.

3. O pangolim é o mamífero mais traficado no mundo

Os pangolins são os animais que mais sofrem com o tráfico de silvestres em todo o planeta. De acordo com a ONG Annamiticus, mais de um milhão de pangolins foram capturados na última década de maneira ilegal. Acredita-se que mais de 100 mil pangolins são enviados por ano à China e ao Vietnã.

“Não é clara a origem exata do novo coronavírus, mas a Covid-19 surgiu de uma relação pouco saudável que os humanos têm com os animais. Muitos lugares no mundo, inclusive no Brasil, as pessoas apreciam comer a carne de animais silvestres que deveriam estar apenas cumprindo o seu papel na natureza, como o tatu ou o pangolim”, afirma.

4. A carne do pangolim é uma iguaria em países da Ásia

O tráfico desses animais ocorre porque a carne do mamífero é apreciada em alguns países asiáticos e suas escamas são utilizadas na medicina tradicional chinesa, mesmo não havendo nenhuma comprovação de utilidade médica. Por isso, vários pangolins são caçados, vendidos em feiras e consumidos. Eduardo afirma que por meio dessa nova pandemia, muitas pessoas deveriam repensar a relação que tem com a natureza e os animais.

“É possível que esse contato próximo tenha feito com que o pangolim transmitisse algumas doenças aos humanos. Sabe-se que alguns coronavírus semelhantes ao Covid-19, circulam em populações selvagens de pangolins, sendo esse animal uma possível fonte para a doença”, afirma o biólogo.

5. Algumas pessoas acreditam que o pangolim têm propriedades mágicas

As escamas desse animais são compostas por queratina, assim como as suas unhas, logo, muitas pessoas acreditam que o casco desse animal pode tratar doenças sem cura, como o câncer. Com isso, em 2017 o governo de Camarões, na África, queimou 8 toneladas de balas feitas a partir do colágeno do pangolim, o que equivale cerca de 15 mil animais mortos.

6. 18 de fevereiro é o Dia Mundial do Pangolim

O Dia Mundial do Pangolim foi criado pela ONG Annamiticus. A data tem como finalidade reforçar a importância e proteção da espécie. Por ter uma grande procura por traficantes de animais na Ásia e na África, a espécie corre um grande risco de extinção, estando criticamente ameaçada mesmo antes do coronavírus.

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