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Varíola dos macacos pode ser transmitida pelo ar, alertam cientistas

Porém, diferente do coronavírus, vírus não é capaz de viajar por muitos metros e contato para transmissão deve ser muito próximo

atualizado

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Gov-SC/Divulgação
mascara
1 de 1 mascara - Foto: Gov-SC/Divulgação

Apesar de ser uma doença descrita desde os anos 1970, a varíola dos macacos ainda não é completamente conhecida pela comunidade científica. Uma das principais questões é sobre a forma de transmissão: o contato com fluidos das feridas parece ser ser a maneira mais comum de pegar o vírus, mas há dúvidas sobre as vias sexual e respiratória.

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sugere que pessoas com varíola dos macacos, contatos próximos e profissionais de saúde usem máscaras. Com as informações atuais, o que se sabe é que a transmissão por gotículas acontece, mas não exatamente o quanto ela contribui para espalhar a doença.

Estudos

A maioria das pesquisas sobre o assunto trata da varíola humana, mas, como os vírus são muito parecidos, é aceito que a varíola de macacos se transmite de maneira semelhante. Uma pesquisa de 2012 feita pela Universidade de Maryland, nos EUA, descreveu vários casos de transmissão pelo ar.

Em surtos anteriores de varíola em Nova York e na Alemanha, pacientes foram infectados por estarem no mesmo hospital de alguém doente, sugerindo que o vírus viajou pelas correntes de ar do prédio.

Um surto de varíola dos macacos em 2017 na Nigéria apresentou características semelhantes: foram observados casos de transmissão dentro de uma prisão e infecções em dois profissionais de saúde que não tiveram contato com os doentes.

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“A maioria das pessoas acha que a varíola humana é transmitida geralmente por grandes gotículas, mas ela pode, por algum motivo, ocasionalmente ser transmitida por aerossóis de pequenas partículas”, afirmou o virologista Mark Challberg, em entrevista ao jornal The New York Times.

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (8/6), a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que ainda há muito a aprender sobre a varíola dos macacos, mas que estudos estão sendo conduzidos para definir exatamente como é a transmissão.

“A forma primária é pele a pele. Sobre outros modos de transmissão, precisamos de mais pesquisa. É importante lembrar que as feridas também acontecem nas mucosas, inclusive na boca, e, por isso, é recomendado que se use máscaras. Se há transmissão por aerossol, ainda não sabemos”, afirmou a líder técnica para varíola de macacos da entidade, Rosamund Lewis.

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