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Vacinação incompleta e reinfecção aumentam risco de Covid longa

Estudo brasileiro mostra os grupos que correm maior risco de sofrer com sintomas persistentes da Covid após infecção do coronavírus

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Imagem colorida: mulher deitada no sofá bocejando - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: mulher deitada no sofá bocejando - Metrópoles - Foto: Getty Images

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e pelo Hospital Israelita Albert Einstein mostra que pessoas reinfectadas pelo coronavírus, bem como as que não completaram o esquema vacinal contra a Covid-19, correm maior risco de sofrerem com sintomas da Covid longa.

A descoberta foi divulgada na última sexta-feira (6/1), em um artigo publicado em versão de pré-print na plataforma medRxiv. Ele mostra também que as mulheres são as mais afetadas pelos sintomas da Covid longa.

Os cientistas analisaram dados de 7.051 profissionais de saúde do hospital infectados pelo coronavírus entre 2020 e 2022. Desses, 1.933 (27,4%) continuaram com sintomas persistentes da doença por mais de quatro semanas.

Os problemas mais comuns foram dor de cabeça (53,4%), dores musculares ou nas articulações (46,6%) e congestão nasal (45,1%). Cinco em cada dez profissionais (51,4%) tiveram três ou mais sintomas.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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O estudo mostrou que infecções anteriores aumentam o risco de Covid longa entre os voluntários. Entre os participantes que tiveram apenas uma infecção, 25,8% continuaram com os sintomas depois do fim do período de infecção, e nos que ficaram doentes duas ou mais vezes, a porcentagem foi de 38,9%.

A vacinação ajudou a proteger a maioria dos profissionais de saúde. Apenas 1,5% dos que completaram o esquema vacinal com as quatro doses desenvolveram Covid longa. Em contrapartida, a recorrência de sintomas persistentes entre os que não receberam nenhuma dose antes da infecção foi de 36,7%; 29% para os que tomaram duas doses; e 15% para os com três doses.

Por fim, o estudo também revelou que as mulheres correm até 21% mais risco de conviver com sintomas persistentes da doença em comparação com os homens. Os pesquisadores ainda não conseguiram esclarecer o motivo, mas sugerem que as mulheres são mais preocupadas com a saúde e tendem a procurar por atendimento médico e, por isso, são diagnosticadas com maior frequência.

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