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Tomei a vacina da Covid há menos de 6 meses. Devo tomar a bivalente?

A vacinação contra Covid-19 com dose bivalente começou nesta segunda-feira (27/2) em todo o país para os grupos de maior risco

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Gustavo Alcântara/Metrópoles
Astrazeneca Jovem receber vacina contra a Covid-19
1 de 1 Astrazeneca Jovem receber vacina contra a Covid-19 - Foto: Gustavo Alcântara/Metrópoles

A nova etapa de vacinação contra a Covid-19, com o imunizante bivalente da Pfizer, começou nessa segunda-feira (27/2) em todo o país. Espera-se que 54,2 milhões de brasileiros sejam vacinados nos próximos dois meses com a nova versão do imunizante. A aplicação começa pelos mais vulneráveis à infecção provocada pelo coronavírus.

Boa parte deste primeiro grupo, entretanto, foi vacinada há aproximadamente três meses, quando o governo disponibilizou a terceira dose de reforço (quinta dose) para idosos e imunossuprimidos. A chegada da versão atualizada da vacina pode levar à dúvida: é seguro tomar a vacina novamente?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em novembro de 2022, o uso da vacina atualizada da Pfizer como dose de reforço com intervalo igual ou superior a três meses após a última injeção. A orientação é seguida pelo Ministério da Saúde.

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Isabella Ballalai explica que não há risco se uma pessoa for vacinada em um intervalo menor, mas a população deve seguir a recomendação do ministério.

“Não existe risco ou uma contraindicação. No nosso entendimento, essas pessoas podem ser vacinadas a qualquer momento. A definição do ministério considera questões técnicas e de planejamento para entrega das doses”, comenta Isabella.

As pessoas que tiveram Covid recentemente devem esperar pelo menos um mês para receberem a bivalente, pois também estão com os anticorpos em alta devido à reposta imunológica produzida para responder à doença.

Público-alvo

Por enquanto, a nova vacina é destinada apenas à população mais vulnerável à infecção do coronavírus, aqueles que correm maior risco de desenvolver doença grave, divididos em cinco grupos. Assim como ocorreu anteriormente, espera-se que grupos contemplados aumentarão gradativamente, à medida que novas doses cheguem ao país.

Veja o calendário vacinal:

  • Fase 1 (27/02): Pessoas acima de 70 anos; pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos de idade; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) a partir de 12 anos e seus trabalhadores; e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
  • Fase 2 (06/03): Pessoas de 60 a 69 anos;
  • Fase 3 (20/03): Gestantes e puérperas;
  • Fase 4 (17/04): Trabalhadores da saúde;
  • Fase 5 (17/04): Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

As pessoas desses grupos que tiverem apenas uma dose ou nenhuma deverão ser vacinadas com uma dose monovalente antes, completando as duas doses primárias.

Vacina bivalente

A vacina bivalente da Pfizer é a mais atualizada disponível atualmente. Ela gera uma proteção mais forte contra a cepa original do vírus Sars-CoV-2 (que deu início à pandemia) e às subvariantes da Ômicron.

“Observou-se que a Ômicron tem uma resposta diminuída à vacina monovaente (de primeira geração). Por isso, a bivalente é importante. A pessoa desenvolve uma resposta de anticorpos melhor do que se ela tomasse apenas a monovalente”, explica a infectologista Maria Isabel de Moraes Pinto, do Exame Medicina Diagnóstica.

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde
Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama
<strong>Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca</strong> em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron
Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar <strong>fadiga</strong> -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições
<strong>Dores musculares</strong> por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus
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Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundo

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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúde

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você ama

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Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron

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Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condições

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Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírus

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Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e Ômicron

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Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir.

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Devo esperar pela dose bivalente?

Os infectologistas concordam que os brasileiros que não foram incluídos na nova etapa da campanha devem dar continuidade ao esquema vacinal com as doses monovalentes.

Eles seguem estudos que atestam a eficácia da primeira geração de vacinas para a proteção contra doença grave e morte pela Ômicron para crianças, adolescentes e adultos de até 59 anos que não se encaixam em nenhum dos grupos de maior risco.

“As pessoas precisam entender que devem tomar o reforço – seja da dose monovalente ou bivalente – porque a vacina não oferece proteção duradoura, assim como acontece com a vacina da gripe, que nós tomamos todos os anos”, enfatiza a diretora da SBIm.

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