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Saiba os riscos do priapismo, o problema da ereção permanente

A situação exige atenção médica imediata para que não gere danos futuros. Em alguns casos, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias

atualizado

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Man having a problem with his penis
1 de 1 Man having a problem with his penis - Foto: Getty Images

O músico inglês Danny Polaris foi notícia no mundo, nesta semana, por estar hospitalizado depois de uma ereção que começou em 28 de julho. O problema, conhecido como priapismo, caracteriza-se por uma ereção involuntária e persistente, com mais de duas horas de duração, e precisa ser tratado rapidamente. Em relação a Danny, a causa foi o uso de remédios para disfunção erétil, mas a condição pode ocorrer devido a antidepressivos ou até mesmo espontaneamente. Também há a possibilidade de doenças sanguíneas, como a anemia falciforme, provocarem a situação.

Pacientes com priapismo apresentam intensa dor, como relatou o próprio Danny Polaris em várias publicações em seu perfil no Instagram. De acordo com Rodrigo Carvalho, médico urologista do Hospital Santa Lúcia e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a complicação pode ser dividida em dois grandes grupos: de alto ou de baixo fluxo.

Quando há alto fluxo de sangue passando pelo pênis, o priapismo pode estar relacionado a fístulas, ou conexões anormais entre órgãos. As complicações de baixo fluxo acontecem quando o sangue não consegue sair do pênis, e são comuns em casos de uso de medicamentos ou injeções para manter a ereção.

Há um tipo de tratamento para cada tipo de priapismo. “Pode ser feita a drenagem do sangue alojado no pênis para desfazer a ereção ou, em casos mais graves, uma intervenção cirúrgica”, explica Rodrigo Carvalho. O urologista esclarece ainda que, quando o problema não é tratado, pode causar alterações no órgão sexual e afetar relações futuras. “Com a dificuldade de irrigação, o paciente pode ter lesões vasculares no pênis, não conseguir mais ter ereções e, em casos extremamente graves e raros, pode até perder o órgão.”

O importante para evitar problemas, segundo o urologista, é não perder tempo em caso de complicações. “O efeito normal dos medicamentos para disfunção erétil é ter o estímulo sexual, realizar o ato e perder a ereção”, detalha. “Se a ereção durar mais de duas horas sem estímulo, é hora de procurar atendimento médico. Quanto mais tempo demorar, pior.”

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