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Saiba mais sobre a vacina contra monkeypox autorizada pela Anvisa

América Latina e Caribe recebem imunizante da farmacêutica Bavarian Nordic em setembro para iniciar campanhas de vacinação na região

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Foto de uma agulha com vacina
1 de 1 Foto de uma agulha com vacina - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nessa quinta-feira (25/8), a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde possa importar a vacina da farmacêutica Bavarian Nordic destinada à prevenção da varíola dos macacos (monkeypox).

O imunizante fabricado na Dinamarca e na Alemanha é o único no mundo a ter a aprovação de agências reguladoras para ser usado tanto na prevenção da doença como na profilaxia pós-exposição. A fórmula é comercializada com o nome de Jynneos, nos Estados Unidos; Imvanex, na Europa; e Imvamune, no Canadá.

A vacina só é autorizada para adultos com 18 anos ou mais. No Brasil, o Ministério da Saúde estipulou que as primeiras doses serão aplicadas em profissionais de saúde que lidam com pacientes na fase aguda da infecção e correm maior risco de exposição. A decisão leva em conta a oferta limitada do imunizante.

“A quantidade limitada de vacinas disponíveis no planeta é o que faz hoje a gente discutir como serão os grupos prioritários – como fizemos lá atrás com a Covid-19 –, hierarquizar e buscar os grupos que têm maior risco”, explica o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri.

O Brasil receberá 50 mil doses adquiridas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). As vacinas fazem parte de um acordo assinado entre a Opas e a farmacêutica Bavarian Nordic. As primeiras doses serão enviadas aos países em setembro.

Vacina

A vacina da Bavarian Nordic deve ser aplicada em duas doses com intervalo de 28 dias (quatro semanas). O pico da imunidade é alcançado 14 dias após a segunda dose. O imunizante pode ser usado também após a exposição do paciente ao vírus da varíola dos macacos e, neste caso, ele ajudaria a conter a evolução dos sintomas.

O diretor da SBIm, Renato Kfouri, explica que há um consenso sobre a necessidade de vacinação dos que são expostos ao vírus. Eles devem ser vacinados até o quarto dia após o contato com um paciente infectado.

Não há ainda dados disponíveis sobre a eficácia da vacina no surto atual ou a duração de sua proteção. Agências reguladoras e a OMS pedem que os países colaborem com estudos de monitoramento para a confirmação da efetividade da vacina para a prevenção da monkeypox.

A fórmula do imunizante é baseada na tecnologia de vírus não replicante, ou seja, os vírus que compõem a vacina não se multiplica no corpo humano. De acordo com o fabricante, o uso da vacina é seguro em gestantes, pessoas com o sistema imunológico comprometido e em pacientes com comorbidades.

A tecnologia é um dos motivos que faz a Jynneos/Imvanex ser a única vacina contra varíola a ter autorização também para o uso contra a varíola dos macacos pelas agências Food and Drug Administration dos EUA, Health Canada e a Comissão Europeia.

Varíola dos macacos no mundo

Desde de maio deste ano até a última quinta-feira (25/8), já foram confirmados 46.536 casos de varíola dos macacos em todo o mundo, segundo a última atualização do levantamento do Our World in Data. Treze pessoas morreram após complicações pela doença.

O Brasil tem 4.216 diagnósticos positivos e uma morte confirmada, de acordo com o último informe epidemiológico (25/8) do Ministério da Saúde. São Paulo é o estado com maior número de registros, com 2.640 pacientes.

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