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Risco de AVC pode estar associado à endometriose, sugere estudo

O estudo observacional realizado por pesquisadores chineses encontrou maior risco de AVC em mulheres com endometriose

atualizado

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Peter Dazeley/Getty Images
Mulher com bolsa de água sobre a barriga, endometriose
1 de 1 Mulher com bolsa de água sobre a barriga, endometriose - Foto: Peter Dazeley/Getty Images

Um estudo publicado na revista Stroke no dia 23 de janeiro sugere que a endometriose, distúrbio responsável pelo crescimento do endométrio fora do útero, pode estar associada ao maior risco de AVC em mulheres.

Para a realização da pesquisa, os cientistas da Academia de Ciências Médicas Militares e do Instituto de Ciências Básicas, ambos na China, analisaram a endometriose genética em um grupo de 521.612 pessoas que tiveram AVC. Entre os participantes, 77.257 mulheres apresentaram alguma variação genética causada pela endometriose.

Os pesquisadores descobriram que a condição foi significativamente associada a um risco aumentado de AVC isquêmico total (causado pela obstrução dos vasos sanguíneos) e cardiometabólico (desencadeado a partir de coágulos formados no coração).

Os riscos de AVC isquêmico foram significativamente aumentados para os subtipos de endometriose do ovário, peritônio pélvico (camada que recobre os órgãos abdominais e pélvicos), septo retovaginal (quando a doença atinge entre a parede posterior da vagina e a porção final do reto) e vagina.

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A causalidade foi mais significativa para endometriose relacionada à infertilidade e AVC isquêmico cardiometabólico. O neurocirurgião especialista em AVC Victor Hugo Espíndola explica que o estudo é observacional e que ainda não se sabe ao certo o que causa a relação entre as doenças. Por isso, ainda é preciso avançar nas pesquisas.

“A hipótese é que a endometriose deve promover um estado inflamatório que aumenta a formação de trombos e, consequentemente, o risco de um AVC”, afirma Espíndola.

O neurocirugião ensina que a endometriose não deve ser considerada uma doença simplesmente ginecológica e sim uma patologia sistêmica, ou seja, que afeta o corpo todo.

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