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Racismo pode acelerar envelhecimento de pessoas negras, sugere estudo

Pesquisa americana mostra que racismo aumenta o estresse psicológico e acelera o envelhecimento do cérebro

atualizado

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Imagem colorida mostra não apontando com caneta para exame de ressonância magnética de cérebro estado catatônico - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra não apontando com caneta para exame de ressonância magnética de cérebro estado catatônico - Metrópoles - Foto: haydenbird/GettyImages

Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descobriram que o racismo pode afetar o cérebro de pessoas negras e fazê-las envelhecer mais cedo. A pesquisa foi publicada na revista científica Jama Neurology na última semana.

Os cientistas analisaram exames de ressonância magnética de 455 participantes negros, 275 brancos e 737 latinos. Os testes incluíram pessoas de meia idade, por volta dos 50 anos, e idosos.

Os resultados mostraram que, na comparação com indivíduos brancos, os voluntários negros de meia idade e idosos tinham mais sinais de envelhecimento do cérebro e de doenças vasculares no órgão, que são indícios do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Os participantes latinos e brancos que apresentaram os problemas já estavam no final da vida, o que sugere um envelhecimento precoce e acelerado entre os voluntários negros.

Para os autores do estudo, uma vida exposta ao racismo pode explicar a disparidade entre os grupos. Segundo eles, os “efeitos cumulativos de opressão, adversidade ambiental e estresse psicológico” do racismo estão associados ao envelhecimento precoce.

Os cientistas pretendem estender a pesquisa para entender por que os grupos hispânicos, que sofrem discriminação forte nos Estados Unidos, não apresentaram dados semelhantes aos dos voluntários negros.

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