A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, disse, nesta quinta-feira (27/1), acreditar que novas variantes do coronavírus provavelmente surgirão ao longo do ano.
“Algumas pessoas estão falando que esta (Ômicron) é a última variante porque é altamente transmissível. A OMS reforça que não há base científica neste momento para supor isso. É a última variante que foi identificada, mas é muito provável que teremos novas variantes ao longo do ano”, disse Simões durante webinar do Global New Economy Forum.

Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundoGetty Images

Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúdeAndriy Onufriyenko/ Getty Images

Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você amaPixabay

Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron

Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga -- apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condiçõesHinterhaus Productions/ Getty Images

Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírusPaul Bradbury/Getty Images

Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e ÔmicronDjelicS/ Getty Images

Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir. Apesar de menos comuns na Ômicron, esses sintomas podem aparecer quando acompanhados por outros sinais da infecção viral, como complicações gastrointestinais, dor de garganta ou perda de paladar e olfatoboonchai wedmakawand/ Getty Images
As características de alta transmissibilidade da variante Ômicron continuam a preocupar a OMS. A diretora adjunta para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos pediu que a população não relaxe com os cuidados tomados até aqui contra a Covid-19.
Desde que a nova cepa foi identificada, há apenas dois meses, mais de 80 milhões de casos da infecção foram registrados globalmente. “O que é mais do que o total que foi reportado em 2020”, frisou.
“Não relaxe, não pense que esta é a última variante. Não é hora de pararmos o que estamos fazendo agora e pensar que precisamos conviver com o vírus”, disse Simão.
A brasileira destacou que o aumento do número de mortes em todas as regiões do mundo ainda não é expressivo e pode estar diretamente relacionado à explosão de novos casos diários. Mas os indicativos de que a Ômicron é menos letal do que as variantes anteriores também podem ser um reflexo da alta cobertura vacinal.
“O que sabemos da Ômicron é que ela é altamente transmissível, mais do que o vírus inicial e a variante Delta. Em relação à gravidade da doença, há um indicativo de que ela seja menos grave, mas pode ser por causa da alta cobertura vacinal em muitos países”, disse.
Ajuda à África
O encontro virtual do Global New Economy Forum reuniu 32 embaixadores da África e representantes brasileiros à frente de projetos ligados à Covid-19, como o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Butantan, Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista em Franca (Unesp).
Os pesquisadores e as autoridades participantes usaram o espaço para discutir a situação da África durante a pandemia e levantaram maneiras para compartilhar conhecimento e tecnologia com os países do continente a fim de contribuir com o combate à Covid-19.