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Estudo: cabeleireiras e costureiras têm mais risco de câncer de ovário

Pesquisa canadense mostra que exposição a elementos químicos por muitos anos pode aumentar as chances de desenvolver câncer de ovário

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
costureira do DF é contemplada por programa social e se muda para casa própria
1 de 1 costureira do DF é contemplada por programa social e se muda para casa própria - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, descobriu que algumas mulheres com profissões específicas têm maior probablidade de desenvolver câncer de ovário. Cabelereiras, esteticistas, vendedoras, trabalhadoras da construção civil e contadoras estão na lista de risco.

O estudo, que foi publicado na revista científica Occupational and Environmental Medicine nessa segunda (10/7), analisou dados de 491 canadenses com o câncer e os comparou com as informações de 897 mulheres sem a doença. Foram considerados fatores de risco comuns da condição, como não ter filhos, usar medicamentos, altura e peso, e estilo de vida.

Os cientistas apontam que costureiras têm 85% mais chance de desenvolver a condição, enquanto vendedoras têm 45%. As cabelereiras e esteticistas que trabalham há mais de 10 anos na profissão têm 33% mais risco de ter o câncer.

Segundo os pesquisadores, as chances de desenvolver câncer de ovário estão relacionadas à exposição a elementos químicos, como talco, amônia, água oxigenada, pedaços de cabelo, fibras sintéticas e de poliéster, corantes orgânicos, pigmentos e alvejantes.

Foram avaliadas a concentração e frequência de exposição para cada combinação de trabalho e agente. Os cientistas apontam que ainda não está claro se o desenvolvimento do câncer de ovário está relacionado a só um dos agentes, ou a uma combinação de outros fatores presentes nos locais de trabalho. Alguns dos casos também podem ter acontecido por outros fatores externos.

Os sintomas que podem estar associados ao câncer são pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, prisão de ventre, diarreia e cansaço constante. Para diagnosticar a doença, é importante manter visitas regulares ao ginecologista e fazer os exames de acompanhamento — estima-se que 75% dos casos são diagnosticados tardiamente.

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