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Pfizer diz que vacina contra a Covid-19 pode chegar ao Brasil até março

Empresa afirma ter criado alternativa para transporte em baixa temperatura e diz estar em negociações avançadas com o governo

atualizado

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1 de 1 vacina_cancer - Foto: Getty Images

Uma das imunizações mais promissoras do mundo contra a Covid-19, com 90% de eficácia, a vacina criada pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech pode chegar ao Brasil até março de 2021. A informação foi dada por Carlos Murillo, presidente da Pfizer no Brasil, durante evento on-line da Academia Nacional de Medicina sobre imunizantes.

Ele afirma que as negociações com o governo brasileiro já estão em uma etapa avançada e que o problema do transporte em baixa temperatura pode ser contornado – a fórmula precisa ser armazenada a -70 °C.

A sugestão da farmacêutica é que seja usado gelo seco para manter a temperatura por 15 dias. Depois do descongelamento, a vacina se mantém viável por mais cinco dias em refrigerador comum. Segundo Murillo, dessa forma, abre-se uma janela de 20 dias entre a chegada do produto e a aplicação.

“Não é simples, não resolve toda a logística, mas muda muito o esquema de pensar em ter um freezer de baixas temperaturas em cada centro de vacinação”, explica o executivo.

O preço de cada dose ainda não foi divulgado, mas a companhia diz estar separando as unidades em três valores: um para os Estados Unidos e a Europa, outro para países em desenvolvimento (como o Brasil), e o último para nações subdesenvolvidas.

Fase 3
O imunizante está na terceira fase do estudo clínico, que não foi concluída até o momento. Na segunda-feira (9/11), a equipe que desenvolve a vacina Pfizer/BioNTech anunciou resultados preliminares dos ensaios clínicos da fase 3 e, com isso, assumiu a liderança entre as imunizações mais promissoras do mundo contra a Covid-19.

A vacina Pfizer/BioNTech conseguiu induzir resposta imunológica eficiente para neutralizar o coronavírus no organismo de pessoas que tiveram contato com o Sars-CoV-2 em suas vidas cotidianas. A taxa de eficácia –  ela funcionou em nove de cada 10 pacientes que adquiriram o vírus – também foi animadora.

Os dados anunciados, entretanto, referem-se a um grupo de apenas 94 participantes dos ensaios clínicos e ainda não estão publicados em revistas científicas. Também não está claro se todos que foram contaminados pelo Sars-CoV-2 tomaram o imunizante ou se alguns pertenciam ao grupo para o qual o placebo foi administrado. As empresas informaram que os estudos clínicos continuarão até que se alcance o número de 164 casos de Covid-19 entre os participantes.

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