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Pesquisadores descobrem nova cepa do coronavírus na Finlândia

Variação do vírus compartilha mutações das versões sul-africana e britânica e não é detectada pelo teste RT-PCR

atualizado

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Cientistas finlandeses afirmaram nesta segunda-feira (22/2) que detectaram uma nova cepa do coronavírus no país. Apenas um caso desta mutação mais recente do Sars-CoV-2, temporariamente chamada de Fin-796H, foi detectado até agora. De acordo com os especialistas dos laboratórios Vita e do Instituto de Biotecnologia da Universidade de Helsinque, a cepa teria algumas mutações em comum com as variantes encontradas no Reino Unido e na África do Sul.

Autoridades de saúde da Finlândia acreditam ser “improvável” que a nova versão do vírus tenha surgido no país, já que o local apresenta taxa de infecção inferior ao restante do mundo. Até agora, a nação escandinava registrou apenas 54.132 casos e 733 mortes desde o início da pandemia. Para efeito de comparação, o Brasil registra atualmente 10.168.174 casos e 246.504 mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

Apesar de compartilhar mutações das variantes britânica e sul-africana, a combinação finlandesa seria “única”, de acordo com os pesquisadores. Os especialistas ainda não divulgaram detalhes a respeito das mutações da nova cepa, mas afirmaram que, até aqui, ela não pode ser considerada mais infecciosa ou resistente ao sistema imunológico humano.

Em um comunicado oficial, os laboratórios afirmaram que a “herança [da nova cepa] tem as mesmas características das variantes anteriormente difundidas no mundo, mas não parece pertencer à linhagem de nenhuma das variantes conhecidas”.

Simon Clarke, pesquisador de doenças infecciosas da Universidade de Reading (Reino Unido) disse, em entrevista ao Daily Mail, que o surgimento da cepa não é “motivo para pânico”.

Ilkka Julkunen, virologista da Universidade de Turku (Finlândia), afirmou à emissora pública da Finlândia Yleisradio que “ainda não há informações claras de que essa cepa seria mais facilmente transmitida ou que afetaria a proteção imunológica proporcionada por já ter tido o coronavírus ou ter recebido a vacina”.

O especialista disse, ainda, que o teste RT-PCR, considerado padrão-ouro para a detecção da Covid-19 em todo o mundo, não é capaz de detectar a nova variante finlandesa. O mesmo ocorre com a cepa sul-africana, que só pode ser confirmada por meio de análises laboratoriais. A mutação britânica é detectada pelo teste.

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