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“Palpite não é o melhor caminho”, afirma diretor da OMS sobre ivermectina

Michael Ryan, responsável pela resposta da entidade à pandemia, reforçou a importância de evitar medicamentos sem comprovação científica

atualizado

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OMS/Reprodução
Mike Ryan na OMS
1 de 1 Mike Ryan na OMS - Foto: OMS/Reprodução

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (5/2), Michael Ryan, diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou que o uso de medicamentos sem eficácia comprovada ou com estudos apenas in vitro, baseados apenas em “palpites”, não são o melhor caminho para lidar com a Covid-19. A afirmação seguiu uma pergunta sobre o posicionamento da entidade em relação ao uso da ivermectina.

“Vemos alguns estudos em laboratório, mas não sabemos o que significa necessariamente para o corpo humano. Essa situação nos leva a informações conflitantes, e precisamos de pesquisa em grande escala, com muitas pessoas, para dar uma resposta definitiva. A maioria das drogas é tolerável ao organismo, mas todas têm efeitos colaterais“, explica o diretor.

Maria Van Kerkhove, imunologista-chefe da OMS, diz que a entidade ainda não faz recomendação sobre o uso da ivermectina, e que uma equipe acompanha os estudos que estão sendo conduzidos sobre o medicamento e o coronavírus. “Quando obtivermos informações suficientes, podemos mudar as nossas recomendações”, afirma. A ivermectina não faz parte do estudo Solidarity, capitaneado pela OMS, para testar remédios contra a Covid-19.

Também nesta sexta, a Merck, fabricante do medicamento, emitiu um comunicado onde afirma que não há evidências científicas que o medicamento funcione para tratar ou prevenir a infecção provocada pelo coronavírus. “Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e a eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora”, diz o comunicado da empresa.

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